Luanda e Bruxelas definem programas

Fotografia: Mota Ambrósio

Fotografia: Mota Ambrósio

Angola e a União Europeia definiram ontem, em Luanda, novas  estratégias para os próximos programas de financiamento no sector das águas.

O responsável de Imprensa e Informação da Delegação da União Europeia em Angola, Pablo Mazarrasa, informou que “Água e saneamento é um dos sectores de intervenção prioritários, juntamente com o desenvolvimento rural e agricultura sustentável, formação profissional e ensino superior”.
O financiamento disponibilizado pela União Europeia, para a implementação do programa no período de 2014 a 2020, disse, vai ultrapassar os 200 milhões de euros.
Para Pablo Mazarrasa, que falava a propósito da reunião de balanço do Programa de Assistência Técnica Angola e União Europeia, que decorreu ontem, em Luanda, a UE faz uma avaliação “muito positiva da  assistência técnica para o reforço das capacidades do Ministério da  Energia e Águas”.
A fonte informou que a contribuição da UE para o programa é de 15,2 milhões de euros, tendo sido já desembolsados, até agora, 84.19 por cento dos fundos, o que, no entender do  responsável de Imprensa e Informação da Delegação da União Europeia, “dá a ideia do sucesso na implementação deste projecto”.
O Director Nacional de Águas, Lucrécio Costa, garantiu que os peritos angolanos já têm ideias concretas sobre o que vão propor durante as negociações com a União Europeia para o próximo quadro comunitário de apoio.
Segundo Lucrécio Costa, Angola vai continuar a dar prioridade a matérias de águas em três aspectos fundamentais, com destaque para a qualidade de água para o consumo humano, capacitação e formação de quadros e a sustentabilidade operacional das várias infra-estruturas que o país está a erguer no domínio do abastecimento de água potável e ambiente.
Referindo-se ao balanço do Programa de Assistência Técnica Angola e União Europeia, Lucrécio Costa considerou os resultados  positivos em termos de implementação de  vaários projectos em desenvolvimento.

Formação

O director Nacional de Águas,  Lucrécio Costa, disse  ao Jornal de Angola que a cooperação com a União Europeia vai também incidir, nos próximos tempos, na formação e capacitação dos operadores dos pequenos sistemas de abastecimento de água, no domínio do envolvimento da comunidade na gestão dos mesmos e garantia da qualidade da água para o consumo humano.
Até agora, segundo Lucrécio Costa, a cooperação com a União Europeia permitiu a criação de laboratórios de qualidade de água nas cidades de Saurimo (Lunda-Sul), Lubango (Huíla), Benguela e Ndalatando (Cuanza Norte) e  foram  apetrechados os pequenos laboratórios já existentes nas províncias do Huambo, Moxico e Zaire.
De acordo com um documento a que o Jornal de Angola teve acesso sobre o apoio institucional para o desenvolvimento dos sectores de Água e Saneamento, o Executivo continua a implementar uma estratégia e planos de redução da pobreza com grande enfoque na equidade e continua a investir no sector social, para que os programas e planos de água e saneamento sejam periodizados nos planos de luta contra a pobreza.
Participam no encontrode balanço do Programa de Assistência Angole UE quadros dos Ministérios da Energia e Águas, Planeamento e Desenvolvimento Territorial e do Ambiente.

Maior doador

O responsável pela Imprensa da Delegação da União Europeia em Angola anunciou a realização, no próximo dia 16 de Outubro, em  Bruxelas, de uma reunião ministerial  entre a UE e Angola. Pablo Mazarrasa afirmou que a União Europeia é actualmente o maior doador de Angola a nível de cooperação. Esclareceu que a  estratégia para a cooperação União Europeia e Angola tem como principal objectivo contribuir para o desenvolvimento sustentável do país, através do reforço institucional e de capacidades, apoiando assim o Governo no combate à pobreza e promoção do desenvolvimento sustentado.

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