Jovens na produção do café

Fotografia: DR

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Os Estados membros da Organização Inter-Africana do Café (OIAC) devem promover, reforçar e melhorar a participação e integração das mulheres e dos jovens na promoção do valor sustentável do café em África, de acordo com a Declaração de Luanda, produzida quinta-feira no final das reuniões anuais desta organização, realizadas de 23 a 26 deste mês.

Os delegados encorajaram e apoiaram o envolvimento das mulheres e da juventude na indústria do café, assim como exortaram os Estados membros a desenvolver políticas específicas que promovam e apoiem iniciativas de desenvolvimento do café por mulheres e jovens.
Apelaram para que os Estados membros estabeleçam iniciativas políticas abrangentes passíveis de promover parcerias público-privadas ao longo da cadeia de valor do café africano e promover políticas relevantes para melhoria do valor agregado e dos níveis de consumo doméstico de café.
Relativamente à produtividade e qualidade, pediram aos Estados para que reforcem a capacidade dos produtores de café na adopção de boas práticas agrícolas, fortalecer a capacidade de mulheres e jovens no uso de boas práticas agrícolas, melhorar a produtividade, a qualidade e agregação de valor, visando a sustentabilidade e competitividade do café africano, promover a disponibilidade e a adopção de tecnologias passíveis de melhorar a produtividade e aumentar a produção.
Quanto às finanças e incentivos, os delegados defendem a criação de um ambiente favorável às mulheres e aos jovens, de acesso a financiamentos e tecnologia adequada à cadeia de valor do café, facilitar a criação de organizações de agricultores ao longo da cadeia de valor do café e encorajar os Estados membros a dar atenção às suas responsabilidades junto da OIAC, especialmente no cumprimento das obrigações financeiras.
Relativamente às mudanças climáticas, pediram aos Estados membros para identificarem medidas tendentes a mitigar e adaptar os efeitos das alterações climáticas, incluindo o combate às pragas e doenças, reorientar a pesquisa cafeeira e prestar especial atenção às estratégias de adaptação e mitigação das alterações climáticas e partilhar entre os países membros as melhores práticas disponíveis adaptadas às mudanças climáticas.
Por último, os delegados pedem que a União Africana inclua o café como cultura estratégica do Programa Agrícola da organização continental, assim como reconheça a OIAC como uma das suas agências especializadas.

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