João Lourenço materializa discurso de proximidade

Foto: Lusa

Foto: Lusa

 

 

 

 

 

 

 

 

 

04 Dezembro de 2018 | 18h53 – Actualizado em 04 Dezembro de 2018 | 19h47

Analistas políticos angolanos saudaram, nesta terça-feira, a iniciativa do Presidente da República, João Lourenço, de auscultar as personalidades críticas da sociedade civil.

O Chefe de Estado recebeu representantes de organizações não governamentais (ONG) e de associações cívicas, para discutir questões da actualidade e buscar contribuições para a resolução dos problemas.

No entender do sociólogo João Paulo Ganga, ao ouvir essas vozes habitualmente críticas ao Governo, João Lourenço está a honrar a sua promessa de fazer uma ampla concertação com a sociedade.

“A iniciativa é muito boa, mas tem de se ter em atenção que a sociedade civil não se esgota em Luanda ou Benguela. O processo deve ser extensivo a todo o território nacional e de forma inclusiva”, expressou.

Considerou positivo esse debate de cooperação intra-social estabelecido com a sociedade civil, sublinhando que deve ser contínuo.

A mesma ideia é defendida pelo analista político Osvaldo Mboco, para quem esse encontro abriu “um canal de diálogo muito mais estreito entre o Governo e a sociedade civil”.

Com esse passo, referiu, ficam criadas as base para se apresentarem os diferentes problemas e inquietações da sociedade angolana.

Por sua vez, o docente universitário Wilton Micolo afirmou que se abre um novo horizonte no mundo político e na consolidação da democracia.

“O Presidente da República procurou passar uma mensagem à sociedade de que não existem excluídos, mas sim angolanos que têm de contribuir para a democratização e desenvolvimento do país”, exprimiu.

A propósito, a representante da Associação Justiça Paz e Desenvolvimento, Maria Silveira, uma das convidadas para o encontro, disse que essa abertura permitirá à sociedade civil dar mais contribuições ao Governo.

Já António Mateus, do Conselho Nacional da Juventude, afirmou que receberam, do Presidente da República, a promessa de que os órgãos do Estado vão corrigir algumas acções em curso para normalizar o país, como a “Operação Resgate”, iniciada a 06 de Novembro último.

O encontro ocorreu 24 dias depois de o Chefe de Estado ter condecorado com medalhas de mérito distintas personalidades que se bateram pela independência nacional, num gesto que visa consolidar o processo de reconciliação entre os angolanos.

Com essa audiência, João Lourenço deu seguimento à estratégia de estender o diálogo a organizações da sociedade civil que reclamam, há muito, o direito de serem ouvidas e de contribuírem com os seus pontos de vista ou opiniões.

FacebookTwitterGoogle+