Japão e Noruega financiam projecto

Fotografia: Nicolu Vasco

Fotografia: Nicolu Vasco

As embaixadas do Japão e da Noruega assinaram, em Luanda, um acordo que estabelece a concessão de 203.384 dólares para apoiar o programa de desminagem na província  de Malanje, disse o embaixador do Japão em Angola.

Kuniaki Ito, que falava no final da assinatura do acordo, esclareceu que o valor  beneficia a desminagem  com a limpeza de uma área total de 117 mil metros quadrados no período de um ano. O projecto, prosseguiu, visa  melhorar a segurança das comunidades, através da eliminação do perigo de minas, o que também tem impacto socioeconómico e no desenvolvimento das comunidades.
A embaixadora da Noruega em Angola, Ingrid Cefstal, disse que   conta  com a prestação da ONG do seu país, a Ajuda Popular da Noruega (APN), que se dedica à desminagem, no âmbito da cooperação com a província de Malange.
O chefe de departamento de análise e informação da  Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH), Manuel Buta, afirmou que o acordo  reforça  a cooperação entre estes dois países com as autoridades angolanas. “Temos a certeza de que a APN vai cumprir  os objectivos e metas propostos neste projecto, atendendo à vasta experiência que possui no sector de acção contra as minas”.

Desminagem em todo o país

O programa de destruição de minas armazenadas em depósitos no país consumiu 2,2 milhões de euros, com as acções  geridas pela CNIDAH.  Um relatório da  Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária, apresentado em finais do ano passado na IV reunião Plenária de Acção Contra Minas na Huíla, refere que 1,5 milhões de euros foram concedidos pela União Europeia, 170 milhões de euros pelo Governo de Angola e 95 mil euros pelo Programa das Nações Unidas para a População (PNUD).
A Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária diz que o programa esteve sob orientação da CNIDAH, em parceria das Forças Armadas Angolanas, Instituto Nacional de Desminagem e a Polícia de Guarda Fronteira. O relatório  refere que desde 2006, foram destruídas 81.045 minas de diferentes origens e potências, ao abrigo do artigo 4.º da Convenção de Ottawa, tendo o Governo angolano destruído todas as minas antipessoal até então armazenadas.
O documento da Comissão Nacional Intersectorial de Desminagem e Assistência Humanitária indica que 2.512 minas são usadas exclusivamente em escolas e academias militares com fins instrutivos. O processo sensibilizou e educou a população sobre os riscos de minas e outros engenhos. A comissão prestou assistência técnica e financeira a actores, que implementaram programas  de sensibilização, que permitiu educar 15.673.222 cidadãos sobre os riscos de minas.

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