Japão disponibiliza 25 milhões de USD para desminagem

SAPADORA EM CAMPO DE DESMINAGEM
FOTO: PEDRO PARENTE
19 Novembro de 2019 | 20h31 – Actualizado em 19 Novembro de 2019 | 20h31
O Governo Japonês vai disponibilizar 25 milhões de dólares, a partir do ano 2020, para a desminagem em Angola, no âmbito de cooperação entre os dois países.
O diplomata avançou este valor está inserido para a manutenção dos equipamentos, formação de especialistas e modernização no campo da desminagem.
Adiantou, por outro lado, o seu governo já disponibilizou 13 milhões de dólares em 20 projectos, que consistiu em contribuições, equipamentos, assistência técnica em desminagem, nas províncias de Moxico, Huambo, Cuanza-Sul, Malanje e Cuando Cubango, durante 20 anos.
Acrescentou que o governo japonês continua a assistir vários projectos, sobretudo, em projectos comunitários, avaliados em 6 milhões de dólares e, para além destes valores, tem mais 6 milhões de dólares para novos projectos que estão a ser avaliados e analisados, para ajudar a Angola a ser livre das minas até 2025.
Já o chefe de Sala de Operativa da Comissão Executiva de Desminagem, Afonso Belo Calete, disse que a desminagem em Angola não obedeceu aos padrões internacionais, por não existir croquis de campos minados.
Informou a existência de perspectivas de se cumprir com os compromissos internacionais até 2025, desminando as áreas conhecidas e posteriormente iniciar o trabalho com as áreas desconhecidas.
A Comissão Executiva de Desminagem tem 58 brigadas a nível nacional, sendo 55 são manuais, duas mecanizadas e uma cânina, com 70 elementos, que têm trabalhado de forma a ver o país livre das minas.
Por outro lado, tomou posse, nesta terça-feira, o director-geral do Instituto Nacional de Desminagem, Ramos Miguel, em acto presidido pela ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Faustina Alves.
À margem da cerimónia de tomada de posse, a ministra sublinhou que o grande desafio recai para o reforço das campanhas de sensibilização e educação sobre o perigo de minas e desencorajar as queimadas, sobretudo, nas zonas ainda não certificadas.
Apelou as comunidades para não retirar os sinais de perigo em zonas já identificadas. Já Ramos Miguel tem como prioridade a profissionalização contínua de especialistas em desminagem a nível nacional, a formação, sensibilização e dar continuidade dos trabalhos deixados pelos seus antecessores.