Inquérito sobre despesas e receitas decorre em todo país

TÉCNICOS DO INE EM FORMAÇÃO PARA INQUÉRITO SOBRE DESPESAS (ARQUIVO) FOTO: LINO GUIMARAES

TÉCNICOS DO INE EM FORMAÇÃO PARA INQUÉRITO SOBRE DESPESAS (ARQUIVO) FOTO: LINO GUIMARAES

05 Março de 2018 | 11h39 – Actualizado em 05 Março de 2018 | 12h06

O terceiro Inquérito sobre Despesas, Receitas e Emprego de Angola (IDREA) arrancou na manhã desta segunda-feira em todo o país e prevê abranger 12mil e 500 agregados familiares, numa iniciativa do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Para este inquérito, a amostra tem 72 conglomerados para cada província ao passo que Luanda, pela sua especificidade, tem o dobro,  segundo o porta-voz do IDREA, Paulo Fonseca, que falava hoje à Angop.

Em relação aos grupos de trabalho, Paulo Fonseca adiantou existir 10 agentes de campo em cada uma das províncias do país, com Luanda, devido à sua particularidade, a duplicar o número de agentes de campos onde constam o inquiridor, supervisor, motorista, agente cartografo.

Em Luanda, os inquiridores começaram a trabalhar nos municípios do Cazenga, Cacuaco, Kilamba Kiaxi e Viana para fazer o reconhecimento e listagem.

Durante o inquérito serão colocadas questões ligadas às características de habitação, condições de empregabilidade, educação, saúde e outros e o INE pretende tirar a real fotografia do “modo vivendo” do povo angolano, para extrair indicadores que são objectos de planificação por parte do Executivo.

Frisou que o objectivo é calcular os indicadores sobre a pobreza no país, uma vez que os dados que o país possui sobre a pobreza monetária datam de 2008-2009.

“Esse inquérito vai permitir actualizar os indicadores sobre o consumo das famílias para as contas nacionais, ponderadores para os indicadores do índice de preço do consumidor, dentre outros indicadores que serão calculados”, disse.

Acresceu que esperam contar com a população que vai informar onde existem as infra-estruturas como escolas, postos médicos e as suas condições que posteriormente serão tratadas pelo INE para apresentar ao executivo.

O primeiro Inquérito sobre despesas e receitas foi realizado em 2001, com a cobertura de apenas sete províncias, devido às condições da actualização cartográfica e ligação entre as províncias longínquas não eram favoráveis.

O segundo com 12 mil e quinhentos agregados, feito entre 2008-2009, em todas as províncias do país, teve indicadores fiáveis que permitiram ao governo planificar melhor para tomada de decisão.

O inquérito, que  vai  cobrir  áreas  rurais  e  urbanas, visa a recolha  de informação  relacionadas  ao consumo  por parte  das famílias,   para obtenção de dados sobre o que geralmente se consome,  seu poder de compra  e sua condição sobre  o emprego.

Com a  duração de  12  meses, um período que  vai servir a recolha de dados sobre os produtos sazonais, isto para que  se tenha  uma representatividade  a nível  do  consumo e  compra das famílias, o inquérito  vai envolver  19 equipas  de  inquiridores,  composta  por quatro elementos, entre os quais um supervisor.

Três a  quatro visitas dias,  em diferentes  agregados  familiares,   serão realizadas  ao longo de 12 meses, nos  municípios  e comunas  que  vão servir de amostras para este inquérito.

Segundo Paulo Fonseca, a divulgação  dos resultados  poderá acontecer  em Fevereiro de 2019.

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