Indústria necessita de revitalização

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

Os agricultores do Cuanza Sul defendem a recuperação da indústria transformadora na província, através do relançamento pelo Estado de unidades paralisadas.

Em declarações à Angop, recordaram que a província possui um enorme potencial agro-pecuário e, por isso, consideram importante a recuperação da indústria transformadora.  O agricultor José Cunha referiu que a maior parte dos excedentes da produção agrícola não é aproveitada. “É necessária a revitalização da indústria, para que a produção do campo seja transformada em enlatados, como massa tomate e compotas”, realçou José Cunha.
Para o agricultor Manuel Ventura, o Estado deve financiar a indústria transformadora do Cuanza Sul. “Temos os municípios do interior com muita produção agrícola, mas, infelizmente, a sua maioria apodrece”, lamentou. Na sua óptica, o Ministério da Indústria deve rever a situação e dar prioridade à recuperação do sector no Cuanza Sul.

Produção de mandioca

Cerca de 32.779 toneladas de mandioca foram colhidas no ano passado no município do Libolo, no Cuanza Sul, revela um relatório do governo da província. O documento refere que existe um grande potencial de produção de mandioca, milho, feijão, batata doce, amendoim e café.  No ano passado, os agricultores colheram 17.080 toneladas de milho, 78.518 toneladas de feijão e 9.703 toneladas de amendoim.  No mesmo período, foram colhidas 35.845 toneladas de café cereja e 7.885 de café comercial.
O município do Libolo tem 17 fazendas agro-pecuárias, com 14.169 cabeças de gado bovino, e 88 de café. Existem 22 associações agro-pecuárias e sete de produtores de café. Os camponeses da aldeia de Chongolo, na comuna do Condé, estão a beneficiar, desde o ano passado, de apoio técnico para a multiplicação e processamento da mandioca.  A iniciativa compreende três fases, designadamente, formação, produção e transformação, e abrange 1.650 famílias.
Os beneficiários estão a frequentar seis escolas rurais e, paralelamente ao ensino curricular, os mesmos apresentam as suas opiniões, experiências e dificuldades para serem encontradas as devidas soluções, sublinhou o técnico agrário Fernando Paiva.  Após a fase de formação, os camponeses põem em prática os conhecimentos adquiridos nos terrenos pertencentes aos beneficiários. O programa piloto de Chongolo vai ser alargado às aldeias de Ngala, Cambula, Quipungo, Condé Centro e Cassequel.

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