Índia à procura de oportunidades de negócios

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

A Índia quer tornar-se no maior parceiro de Angola com o aumento de uma linha de crédito instituída e da cooperação, através da presença de 50 empresários daquele país que estão desde segunda-feira em Luanda, à procura de oportunidades de investimentos.

A secretária-geral da Federação das Câmaras de Comércio e Indústria da Índia, Sheila Sudhakaran, informou no seminário sobre “Oportunidades de Negócios e Investimentos” que a intenção da Índia consiste em estabelecer parcerias comerciais entre os dois países, apostando em vários sectores que integram o Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017.

Sheila Sudhakaran, responsável pela missão empresarial, informou que as relações económicas entre Angola e a Índia cresceram de forma significativa, a uma taxa de 10,6 por cento. “A nível da África Subsariana, Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo da Índia, depois da Nigéria. As companhias indianas demonstraram grande interesse em exportar o gás natural, que vai permitir reforçar a cooperação no sector da energia”, disse.

Sheila Sudhakaran, responsável pela missão empresarial, informou que as relações económicas entre Angola e a Índia cresceram de forma significativa, a uma taxa de 10,6 por cento. “A nível da África Subsariana, Angola é o segundo maior fornecedor de petróleo da Índia, depois da Nigéria. As companhias indianas demonstraram grande interesse em exportar o gás natural, que vai permitir reforçar a cooperação no sector da energia”, disse.

Sheila Sudhakaran informou que as trocas comerciais entre os dois países atingiram em 2012 -2013, o valor de 7.646.3 milhões de dólares (cerca de 765 mil milhões de kwanzas), acima do relativo ao período 2007-2008, quando se fixou em 1.286.184 milhões de dólares (cerca de 129 mil milhões de kwanzas).

“Só entre Abril e Dezembro de 2013 as trocas atingiram os 4.658.7 milhões de dólares (465 mil milhões de kwanzas)”, indicou. Na sua opinião, existe um grande potencial da Índia em melhorar as relações com Angola no sector farmacêutico, de processamento de alimentos, bens de consumo, tecnologias de informação, transportes e infra-estruturas.

“Olhando para a experiência entre os dois países, a Índia tem potencial para se tornar um dos grandes parceiros regionais mais fortes”, disse.

Em Angola existe uma comunidade com seis mil indianos, dos quais 1.500 trabalham no projecto Angola LNG e 1.200 nos sectores da construção, sobretudo na Fábrica de Cimento do Sumbe, no Cuanza Sul.

Sheila Sudhakaran disse que a pedido do Executivo, a Índia vai aumentar a sua linha de crédito para Angola, com o objectivo de investir nos projectos de reabilitação dos Caminhos-de-Ferro e fornecimento de produtos para a agricultura, como tractores.

Além da cooperação no sector de gás natural, energia e petróleo, a Índia quer apostar na exportação de veículos automóveis, máquinas para agricultura e alimentos, produtos farmacêuticos, cosméticos, bebidas espirituosas, papel e produtos de madeira.

O embaixador da Índia em Angola, Balachandran Puliyampott, informou que a Índia tem acompanhado os níveis de crescimento de Angola e, por isso, movimenta anualmente 500 mil milhões de kwanzas para investimentos em vários sectores da economia angolana.

Angola é um dos países africanos que mais oferecem oportunidades de negócios e interessa aos empresários indianos. “Os nossos empresários estão interessados em investir nas áreas de mineração, energia e construção”, disse o diplomata indiano.

O secretário de Estado para o Comércio Externo, Alexandre Costa, referiu que o investimento privado continua a ser uma aposta estratégica do Estado para mobilização dos recursos humanos, financeiros e tecnológicos, com vista ao desenvolvimento económico e social do país.

O aumento da competitividade económica, da oferta do emprego e a melhoria das condições de vida da população constituem projectos do Executivo, que tem envidado esforços para estabelecer um regime legal de incentivos atractivos para os potenciais investidores no mercado.

A Lei de Investimento Privado foi revista, tendo os sectores da agricultura, banca e infra-estruturas de energia como sectores prioritários para o desenvolvimento da economia.

Liberalização do investimento

O secretário de Estado do Comércio Externo fez uma retrospectiva dos progressos de Angola no sector petrolífero e afirmou que o Executivo tem um conjunto de programas de investimento nos quais participam empresas privadas que se enquadram no Plano Nacional de Desenvolvimento.

A liberalização do investimento estrangeiro traz benefícios aos países envolvidos. “Os desafios económicos para Angola são: deixar a dependência do petróleo, aumentar a taxa de economia com a diversificação da produção e dos destinos das suas exportações”, acentuou.

O Executivo precisa do investimento estrangeiro, ressaltando serem bem-vindos desde que cumpram os requisitos legais para investir em Angola. “Para o desenvolvimento sustentável da economia angolana é fundamental que o investimento seja aplicado em outras províncias do país, em particular no sector produtivo”, realçou.

O mercado angolano está aberto ao investimento estrangeiro e oferece um retorno aos investidores com capacidade técnica e financeira para dar resposta às suas necessidades.

Desde o alcance da paz em Angola, multiplicam-se as intenções de investimento no país, muitas das quais têm sido concretizadas.

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