Inclusão económica é o melhor caminho

Fotografia: Mota Ambrosio

Fotografia: Mota Ambrosio

O ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti lembrou em Luanda, durante uma cerimónia dedicada ao Dia de África, que a agenda para o futuro de África, que vai até 2063, tem a finalidade de constituir um quadro estratégico comum para o crescimento inclusivo e desenvolvimento sustentável.

Georges Chikoti referiu que este plano para o futuro do continente deve orientar a agenda de integração e  desenvolvimento do continente nos próximos 50 anos. Sublinhou que a estratégia define um conjunto de acções, cuja finalidade é dotar o continente de uma boa governação, que respeite os direitos humanos, a Justiça e o Estado de Direito.

Chikoti  defende uma África unida e baseada nos ideais do Panafricanismo, com uma identidade cultural e valores éticos fortes, e desenvolvimento orientado para os cidadãos. Referiu que Angola está nesta causa e tem dado o seu contributo à criação de condições para a execução da agenda até 2063, por via do papel que tem exercido no processo de pacificação do continente, em especial na RDC, República Centro Africana e  Sudão Sul.

A experiência de Angola em contribuir para a identificação mais eficiente das causas dos conflitos e eliminação do espectro da violência através da diplomacia preventiva, levou-a a candidatar-se para um lugar de membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, lembrou o ministro.

O decano do Grupo Africano do Corpo Diplomático, Boughaba Kamel, ressaltou na ocasião, a importância da conjugação de esforços entre os Estados africanos, no combate aos problemas que afectam o continente.

Boughaba Kamel salientou que a União Africana (UA), através do seu Conselho de Paz e de Segurança, tem agido de forma concertada na busca de soluções para as crises que se vão registando, como as enfrentadas pelo Mali, RDC, Sudão do Sul e a Somália.

O diplomata afirmouu que “o desenvolvimento económico dos nossos países, a edificação do Estado de Direito, a distribuição equitativa dos frutos do desenvolvimento não podem realizar-se sem o engajamento firme em favor da justiça social e da educação”.

Comemorações em Ottawa

A Embaixada de Angola no Canadá participou na celebração do Dia de África promovida na cidade de Ottawa pelos chefes das missões diplomáticas africanas acreditadas no país. No espaço de Angola destacavam-se brochuras sobre questões culturais, geográficas e turísticas do país, sobre o incentivo ao investimento e comércio, além de peças de artesanato.

Em declarações à Angop em Ottawa, o embaixador de Angola no Canadá, Agostinho Tavares, destacou a contribuição das missões africanas para o sucesso da celebração do Dia de África, que considerou ter ultrapassado as expectativas dos organizadores.

Agostinho Tavares salientou que a atenção que o Canadá está a dedicar ao continente africano denota a necessidade que o actual governo tem em estreitar as relações com África e recuperar o tempo perdido.

Ao intervir no certame,  o ministro do Comércio Internacional, Ed Fast, justificou o incremento no envolvimento do Canadá no continente africano. Em nome dos parlamentares canadianos falou o deputado Mauril Belanger, da Associação Parlamentar Canadá-África que detalhou as metas da sua organização, que tem procurado atrair a atenção dos deputados aos problemas enfrentados pelos seus colegas africanos.

A antiga governadora-geral do Canadá, Michael Jean, convidada de honra dos embaixadores africanos, também teceu algumas considerações sobre África e pediu mais investimento na formação do capital humano, para melhorar a qualidade dos quadros africanos e garantir um desenvolvimento social e económico sustentável.

A decana dos embaixadores africanos no Canadá, a embaixadora do Zimbabwe, Florence Zano Chideya, destacou os objectivos da União Africana que visam conseguir a unidade dos países.

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