Fórum em Luanda fortalece contactos

Fotografia: João Gomes
A Confederação Empresarial da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CE-CPLP) e a Confederação Empresarial dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (CE-PALOP) organizam em conjunto o Fórum Económico dos PALOP, a 16 e 17 de Julho.
A iniciativa pretende aproximar o empresariado dos seis países africanos de língua oficial portuguesa, nomeadamente Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e São Tomé e Príncipe, para fortalecer a rede de contactos entre os empresários.
A Confederação Empresarial dos PALOP vai ser criada a 16 de Julho na Assembleia Constituinte, que contará com a presença de representantes de Associações e Câmaras dos seis Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
A reunião será o ponto de partida para a criação da CE-PALOP, para a qual o Presidente da CE-CPLP, Salimo Abdula, fez um despacho, onde nomeou Francisco Viana como presidente da Comissão Instaladora da CE-PALOP.
Cimeira de Díli
O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, chega a Timor-Leste na próxima quinta-feira, dia 17, para uma longa visita até dia 29, anunciou em comunicado o Ministério dos Negócios Estrangeiros timorense.
No dia 23, o Chefe de Estado da Guiné Equatorial deve participar na cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), após a aprovação da entrada do país na organização. Dedicada ao tema “CPLP e a Globalização”, a cimeira assinala o primeiro alargamento e o regresso da Guiné-Bissau à organização, após a suspensão decretada na sequência do golpe de Estado de 2012.
Três novos países – Namíbia, Turquia e Geórgia – podem adquirir o estatuto de observadores associados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), no decorrer da X Cimeira de Chefes de Estado e de Governo a ter lugar a 23 de Julho em Díli, capital de Timor-Leste.
Os três países vão juntar-se ao Senegal, Ilhas Maurícias e Guiné Equatorial. A Guiné Equatorial pode ver aceite o seu pedido para membro de pleno direito, “depois da recomendação nesse sentido dos chefes da diplomacia da organização, após suspender a pena de morte”, afirma o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy.
Fonte do secretariado executivo da CPLP justifica a adesão da Namíbia, entre outras razões, por albergar uma grande comunidade angolana vinculada ao ensino do português, assim como por o país ter “óptimas relações diplomáticas” com os países da CPLP.
Em relação aos dois países euro-asiáticos (Turquia e Geórgia), na base do pedido de adesão estão os seus interesses no desenvolvimento de novas culturas e pela semelhança de alguns traços identitários, como a alimentação, sobretudo com o caso de Portugal.
A directora-geral da CPLP, a economista cabo-verdiana Georgina Mello, apontou também o interesse do Japão, Peru e Marrocos em candidatarem-se a observadores da CPLP, admitindo que “estas três candidaturas estão ainda em fase preparatória e não avançam já”.
O Japão defende uma futura entrada como observador por razões históricas e “visão gastronómica” relativamente a Portugal, assim como pela enorme comunidade nipónica residente no Brasil.
Quanto ao Peru, tem a ver com a conveniência de relacionamento com os países africanos e pela “profunda” ligação com o Brasil e Portugal.
Sobre Marrocos, “com o processo relativamente atrasado”, pesam na sua intenção o “histórico” no relacionamento com as lutas independentistas em África, assim como a sua união gastronómica com Portugal. A X Cimeira da CPLP marca a passagem da presidência da comunidade de Moçambique para Timor-Leste.