Grupos carnavalescos passam a associações

Fotografia: Paulo Mulaza
O Ministério da Cultura determinou, através de despacho oficial, que os grupos carnavalescos se tornem associações culturais, para estarem de acordo com a legislação em vigor sobre as associações privadas.
O despacho, assinado pela ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, explica que esta medida pretende que os grupos carnavalescos, enquanto entidades colectivas, estejam registados na administração local do Estado. “Os grupos devem constituir-se como pessoas colectivas, observando o previsto no regime jurídico das associações privadas, lê-se na nota enviada à Angop.
O despacho acrescenta, ainda, que compete à Direcção Nacional de Acção Cultural, às Direcções Provinciais da Cultura e demais serviços da Administração Local do Estado assegurarem o acompanhamento, registo e suporte do referido processo.
Em Fevereiro, após uma visita aos grupos carnavalescos de Luanda, a ministra falou da importância de os mesmos se tornarem associações culturais, para permitir a captação de mais apoios financeiros para uma participação digna no Carnaval. Para Rosa Cruz e Silva, os grupos carnavalescos nacionais têm a obrigação de criar espaços que possam ser rentabilizados, com o intuito de angariarem mais fundos para sua auto-sustentação.
“O apoio que recebem do Governo, através da Comissão Nacional Preparatória do Carnaval, é insuficiente para responder às suas necessidades, razão pela qual é fundamental obterem outros rendimentos”, referiu.
Rosa Cruz e Silva explicou ainda que o Executivo angolano, através do Ministério da Cultura, vai fazer tudo para apoiar a concretização deste projecto. “Dentro das possibilidades, vamos apoiar os grupos para que arranjem outras formas de auto financiamento”, reforçou a responsável.