GOVERNO PROMOVE ABORDAGEM SOBRE ALTERAÇÃO CLIMÁTICA

Mesa de Presiduim do Workshop da Celebraçao do 50 anos da UNEP

O Ministério da Cultura, turismo e Ambiente (MCTA) promoveu, esta quarta-feira, em Luanda, uma abordagem sobre as alterações climáticas, cujas consequências se fazem sentir no centro/sul, norte e zona costeira de Angola.

Segundo a secretária de Estado para o Ambiente, Paula Francisco, está a ser levado a cabo um trabalho para a concepção de um documento orientador das acções concretas para mitigar a situação, com prioridades para a retenção dos solos e evitar a sua degradação, através da estratégia nacional.

Neste contexto, a responsável avançou ainda que Angola participará na conferência sobre a diversidade biológica e no congresso internacional de conservação da natureza.

Por sua vez, o secretário de Estado para o Planeamento, Milton dos Santos, referiu que apesar das várias conferências internacionais sobre o meio ambiente terem trazido consensos em relação aos problemas globais e a necessidade da sua preservação, persistem ainda questões essenciais que carecem de acordo, no que concerne ao mercado de carbono, a compensação por perdas e danos sofridos por países afectados pelas alterações climáticas, bem como a revisão dos objectivos nacionais de redução da emissão de gases de efeito estufa.

O responsável afirmou que os principais impactos das alterações climáticas na economia angolana estão relacionados com os efeitos criados pelos fenómenos climáticos extremos como à seca, inundações e tempestades, seguidos da erosão costeira e das calemas.

A título de exemplo, sublinhou que a seca de 2020-2021, a pior nos últimos 40 anos no sudoeste do país, trouxe consequências graves para as plantações, com perdas de até 40 por cento dos cultivos, e também para a sobrevivência dos rebanhos pela falta de alimentos.

“Foram também registados efeitos negativos no sector urbano e habitacional, nos transportes e infra-estruturas críticas, sobretudo nas áreas costeiras”, referiu.

Milton dos Santos considera necessário a melhoria da informação climática actual e futura do país, bem como os impactos, para se poder identificar os riscos e factores de vulnerabilidade, para estabelecer as medidas de adaptação e mitigação a curto, médio e longo prazo.

Destacou também que o Executivo angolano está comprometido com o desenvolvimento sustentável e continuará a empreender esforços para alinhar-se as resoluções internacionais sobre as mudanças climáticas plasmadas na Agenda 2030 e nos objectivos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Para o director Nacional do Ambiente e Acção Climática, Giza Martins, Angola não foge a regra de outras nações mundial, embora tem sofrido as consequências dos países desenvolvido pela emissão de gases de efeito estufa.

Neste sentido, sublinhou que o país ratificou vários tratados internacionais sobre o clima com destaque para o protocolo de Quioto e Acordo de Paris.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) tem como acções chaves a promoção do diálogo sobre as questões ambientais, as acções integradas e intercâmbio de experiências; Avaliação do estado do meio ambiente, e identificar alternativas aos impactos negativos sobre ele; A preparação de respostas e suporte a emergências ambientais.

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