Governo implementa subsídio de isolamento em 2022
O Governo angolano deverá implementar, a partir do próximo ano, o subsídio de isolamento para os funcionários da função pública.
A informação foi avançada nesta sexta-feira pelo secretário de Estado da Administração Pública, Vânio António Gaspar, no decurso de uma audição parlamentar com os deputados da Assembleia Nacional, no âmbito da Proposta do Orçamento Geral do Estado (OGE) para o ano de 2022.
Segundo o responsável, os funcionários públicos que forem colocados em zonas recônditas, como por exemplo, no Luau, Chicala Cholohanga, Lubalaguimbo, Dirico, entre outras, para além do salário vão ter um subsídio adicional, pelo facto de estarem nestas zonas.
Notou que, tal facto, incentiva os jovens formados para que se sintam atraídos a ir trabalhar fora de Luanda, de Benguela ou Huíla, por exemplo, ou seja, fora do casco urbano.
Subsídio especial para os funcionários da Saúde
O secretário de Estado da Administração Pública informou, também, que o Governo aprovou um subsídio especial a favor dos funcionários do sector da saúde que lidam directamente com a situação da Covid-19.
O referido subsídio começa já a ser implementado a partir de Dezembro deste ano.
Informou que os trabalhadores do sector da saúde que estão na linha da frente passarão a receber um subsídio especial, por força dos riscos e da condição em que funcionam.
“Esses são dois exemplos que sinalizam que não há insensibilidade, por parte do Executivo, em relação às condições dos funcionários públicos”, disse o responsável, notando que esse esforço é, todavia, feito no limite e das capacidades do Governo.
Empregabilidade
O secretário de Estado da Administração Pública reconheceu, por outro lado, haver uma alta taxa de desemprego no país.
As últimas informações divulgadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam para 34.1 a taxa de desemprego e, a nível da área urbana, é muito mais elevada, situando-se em 43,4.
“É, de facto, uma situação que nos preocupa a todos”, disse o responsável.
Segundo o secretário de Estado, a solução do desemprego não depende exclusivamente das políticas activas de fomento à empregabilidade, “mas sim está directamente relacionada ao desempenho da economia”.
Para si, o sucesso dos vários programas que estão reflectidos na Proposta do Orçamento Geral de Estado (OGE), que vão impactar positivamente no desempenho da economia nacional, serão determinantes para a inversão da pirâmide do desemprego.
“A perspectiva é que voltemos a crescer ainda neste exercício e, no próximo, a perspectiva é muito mais animadora (…), assinalou.