Governo estuda redução de pacientes de Junta Médica

13 Setembro de 2019 | 08h57 – Actualizado em 13 Setembro de 2019 | 11h24

O Governo angolano está a trabalhar no sentido de reduzir os doentes transferidos para o estrangeiro a expensas da Junta Médica, indica o Ministério da Saúde, em comunicado a que a Angop teve acesso esta sexta-feira.

“Tendo em conta a actual crise financeira que o país vive, e porque as verbas alocadas para o efeito não são suficientes, a solução incontornável a adoptar passará pela diminuição do número de pacientes e acompanhantes”, lê-se no comunicado.

O Ministério da Saúde reagia a informações postas a circular por alguns jornais e nas redes sociais, que dão conta de alegadas dificuldades por que passam os doentes de Junta Médica, no caso específico dos residentes em Portugal, em virtude dos atrasos das transferências de dinheiro de apoio.

Dados disponíveis apontam que o país tem 328 pacientes no exterior, particularmente em Portugal e África do Sul, e muitos destes com acompanhantes.

O Governo gasta, em média, cerca de quatro milhões de Kwanzas por paciente/ano.

O Ministério adianta que o Estado tem garantido, durante vários anos, assistência médico-medicamentosa, alojamento, alimentação e transporte de acordo com as disponibilidades financeiras em cada momento.

Para a instituição, os elevados custos assistenciais e de alojamento fazem que o suporte financeiro não seja o mais adequado para o grande número de pacientes e acompanhantes existentes em Portugal, muitos dos quais com “muitos anos de estadia”.

 “O Estado angolano tem feito todo o esforço para garantir a assistência médica aos pacientes tanto em Angola, através das unidades hospitalares, bem como aos doentes evacuados pela Junta Nacional de Saúde para o exterior”, lê-se no comunicado.

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