Governação electrónica regista grandes avanços
O secretário de Estado das Tecnologias de Informação, Pedro Sebastião Teta, considerou de “extrema relevância” a participação dos departamentos ministeriais e dos seus gabinetes de Tecnologias de Informação no programa de governação electrónica.
O objectivo, disse, é criar uma rede de conhecimento sobre inovação na administração pública, promover a cooperação entre os intervenientes do sector das Tecnologias de Informação na Administração Pública, trabalhando em prol do desenvolvimento inclusivo e sustentado de Angola.
Ao intervir num encontro com os directores nacionais do Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e directores dos Gabinetes de Tecnologias de Informação (GTI) dos Departamentos Ministeriais, Pedro Sebastião Teta falou da importância da criação dos Gabinetes de Tecnologias de Informação e a necessidade de contribuições para elaboração de um guia prático.
“Gostávamos de aprofundar convosco a origem destes gabinetes, porquê que foram criados, o que é que o sector das Tecnologias de Informação espera dos mesmos. Foi uma luta de anos para que estes gabinetes se tornassem uma realidade”, frisou.
O secretário de Estado indicou que “existe uma série de políticas que o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação pretende implementar, todas baseadas em documentos orientadores como o Plano Nacional da Sociedade de Informação (PNSI), Plano Estratégico para a Governação Electrónica (PEGE) e o próprio Livro Branco, que só podem ter o sucesso esperado se os parceiros que estão nos departamentos ministeriais trabalharem na mesma linha de pensamento”. O encontro teve como objectivo principal apresentar propostas para novas estratégias de trabalho na parceria Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Centro Nacional das Tecnologias de Informação e Gabinetes de Tecnologias de Informação dos Departamentos Ministeriais.
Foi debatida a constituição dos Gabinetes de Tecnologias de Informação (GTI), o guia prático para os GTI, a fiscalização das empreitadas adjudicadas às empresas de Tecnologias de Informação e como facilitar a interoperabilidade entre os sistemas.
Na apresentação dos temas, o director do Centro Nacional das Tecnologias de Informação (CNTI), Manuel Homem, falou da importância da utilização das ferramentas disponibilizadas pela instituição, casos do correio electrónico institucional, datacenter e os serviços de videoconferência. Manuel Homem disse que os gabinetes de TI ministeriais devem colaborar com o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e o Centro Nacional das Tecnologias de Informação prestando informação relativamente aos projectos em curso.
Em 2008, Angola registou o terceiro maior crescimento a nível mundial, em matéria de governação electrónica, tendo aumentado o seu índice em mais de 80 por cento, aproximando-se da média mundial. Essa subida no ranking tem a ver com o facto de Angola estar a destacar-se a nível mundial pela sua rápida evolução no desenvolvimento da governação electrónica, um projecto que vem sendo implementado pela Centro Nacional das Tecnologias de Informação desde o ano de 2005.
Os índices obtidos por Angola foram comparados e analisados num universo de 192 países, onde se excluíram apenas países como Liechtenstein e Andorra, sendo a maior subida a nível do continente africano.
Neste momento, Angola é a líder na governação electrónica na sub-região da África Central.