Gás do Soyo voltou ontem à produção
A Angola LNG anunciou ontem, em comunicado, a retomada da produção da unidade de liquefacção do Soyo e o primeiro carregamento de gás natural depois da paralisação de Abril de 2014 desta unidade.
A companhia declarou que esse carregamento será comercializado por intermédio de concurso de venda internacional e que espera realizar novas remessas de gás natural liquefeito e de gás de petróleo liquefeito no âmbito de um processo de testes e de arranque da unidade.
A entrega formal da unidade pelo empreiteiro geral, a companhia norte-americana de construção Bechtel, e a exploração comercial correm conforme o previsto, indica o comunicado de imprensa.
O presidente executivo da Angola LNG Marketing, Artur Pereira, é citado no comunicado a afirmar que a companhia“está satisfeita com o retomar da produção” e a reconhecer que “o mercado mudou muito enquanto a unidade esteve paralisada”, mas “estamos satisfeitos porque estamos a conseguir entregar LNG de Angola em todo o mundo e a assumir o nosso lugar enquanto fornecedor fiável e seguro no mercado mundial de LNG”.
A produção da Angola LNG foi suspensa devido a uma falha num dos gasodutos do sistema de queima de gás. No ano passado, a companhia afirmou que, do incidente, não resultaram quaisquer danos humanos e ambientais e que a paralisação da fábrica só foi prolongada para permitir à empreiteira resolver anomalias e melhorar a capacidade de produção para elevar os fornecimentos.
A Angola LNG foi criada para recolher, processar e comercializar cerca de 5,2 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano, para além de gás natural para uso interno e líquidos (propano, butano e condensados).
Historicamente, o gás associado à exploração petróleo é queimado ou reinjectado nos reservatórios, pelo que a Angola LNG representa uma grande solução para a recolha, processamento e produção de gás natural e demais produtos. A companhia afirma que, no futuro, poderá assegurar o desenvolvimento de gás não-associado, caso seja necessário para suprir o abastecimento de gás associado.
A companhia é detida pela Sonangol (22,8 por cento), a norte-americana Chevron (36,4 por cento), a britânica BP (13,6 por cento), a italiana ENI (13,6 por cento) e a francesa Total (13,6 por cento).