Fundos na economia
O programa Angola Investe concedeu até ao ano passado empréstimos superiores a 66 mil milhões de kwanzas, 14,7 por cento do volume dos financiamentos ao sector produtivo, anunciou o ministro da Economia.
Abraão Gourgel, que fez a revelação num encontro com os representantes dos bancos destinado a fazer o balanço da evolução do Angola Investe em 2014, disse que os financiamentos do programa permitiram criar 54.300 postos de trabalho em 17 províncias, o que demonstra que as instituições bancárias têm um papel fundamental na dinâmica do programa.
O ministro salientou que até ao ano passado mais de 40 mil jovens empreendedores beneficiaram de formação e consultoria proporcionada pelo programa. O assessor do ministro da Economia, Licínio Contreiras, referiu que até Fevereiro deste ano foram aprovados 362 projectos para um financiamento de 70 mil milhões de kwanzas.
Aquela verba, afirmou, destinou-se a investimentos em 152 programas da indústria transformadora e extractiva, o que representa 44 por cento do crédito concedido. A agricultura, pecuária e pesca, com 127 projectos aprovados, representam 37 por cento, os serviços tiveram 35 projectos aprovados e constituem 32 por cento do total dos empréstimos, disse.
As províncias de Luanda, Benguela e Huíla lideram a dispersão territorial do crédito com 20 projectos financiados em cada uma, seguidas do Huambo, Bié e Namibe com seis. O Banco Millennium Angola (BMA) aprovou 138 projectos, o de Fomento Angola (BFA) 39, o Africano de Investimento (BAI) 37, o BIC 35, o de Poupança e Crédito (BPC) 31 e outras instituições das 17 que aderiram ao programa abaixo de 25.
Millennium lidera
O administrador da Comissão Executiva do BMA, Paulo Tomás, realçou que foram desembolsados 130 milhões de dólares (13.520 milhões de kwanzas) em crédito. “O objectivo é crescer a nível da carteira de crédito na ordem dos 20 por cento. Vamos abrir mais seis balcões para termos o maior número de espaços no país”, referiu.
O presidente do Conselho de Administração do BIC anunciou a provisão de 130 milhões de dólares para as operações aprovadas, que beneficiam o sector da agricultura e a pecuária. Fernando Telles revelou que a instituição tem 6,6 mil milhões de dólares de crédito aprovado ao Estado e às empresas. O presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Apoio às Pequenas e Médias Empresas (INAPEM) disse que dez mil empresas estão registadas e 494 produtos possuem o selo “Feito em Angola”.
António Assis também anunciou para o próximo mês a inauguração de uma incubadora de empresas de tecnologias de informação e comunicação, onde 21 jovens empreendedores concorrem para a incubação.