Fresan disponibiliza 12 milhões de euros para sul do país

09 Setembro de 2019 | 16h17 – Actualizado em 09 Setembro de 2019 | 16h17

O Projecto de Fortalecimento de Resiliência e da Segurança Alimentar e Nutricional (Fresan) em Angola vai disponibiliza 12 milhões, 337 mil e 500 euros para as organizações da sociedade civil e ONGs que desenvolvem acções para mitigar a carência de água e alimentos à população do sul de Angola.

De acordo com secretário de Estado para o Planeamento, Samahina de Sousa Saúde, que falava hoje no acto de lançamento do concurso de subvenções do Fresan, que será implementado nas províncias do Cunene, Huíla e Namibe, o programa está na sua fase de sensibilização e formação de parceiros para elaboração de projectos que dêem soluções no terreno.

Para o responsável, os projectos devem estar alinhados com o Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 e os procedimentos da União Europeia (EU), para impactar na vida das populações, concretamente a redução da fome, pobreza e vulnerabilidade nas províncias já citadas, num projecto lançado a 14 de Agosto deste ano.

Para a gestora de subvenções do Fresan no Instituto Camões, Ana Teresa Forjaz, o projecto de quatro anos tem um financiamento de 65 milhões de euros da União Europeia.

Do montante, 48 milhões de euros estão sob responsabilidade do Instituto Camões, dos quais 12 milhões de euros serão para financiar projectos apresentados pela sociedade civil, com foco para acesso à água, promoção de segurança alimentar e nutricional, bem como pequenas iniciativas de transformação e comercialização.

As associações devem apresentar projectos sobre produção agrícola, nutrição, questões sobre alterações climáticas, transformação de produtos do campo, agro florestas e por outros trabalhar com associações de camponeses e cooperativas, entre outros trabalhos ligados a investigação das alterações climáticas.

Por seu turno, o gestor do projecto Fresan no Ministério da Economia e Planeamento, Albertino Lima, disse que nesta primeira fase o ministério vai seleccionar os projectos viáveis, com vista a dar respostas imediatas, tendo em conta as propostas com a realidade prática apresentadas pelas organizações.

O projecto vai trabalhar em diferentes áreas da agricultura, zootecnia, nutrição, saúde, protecção civil, água e da formação, através da instalação de escola de campo, que visa capacitar e dar as condições necessárias para que as comunidades consigam voltar no equilíbrio com o ambiente.

Será executado ao longo dos próximos cinco anos e resulta de um “longo processo de formulação” em conjunto com as autoridades angolanas e parceiros de desenvolvimento de Angola, sob coordenação do Instituto de Cooperação de Língua Portuguesa “Instituto Camões” e com a cooperação das Agências das Nações Unidas.

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