Fim da guerra colocou reconstrução como um dos desafios urgentes do país

FOTO: PEDRO PARENTE

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O ministro dos Transportes, Augusto Tomas, afirmou sábado, no Luau, província do Moxico que “caladas” definitivamente as armas em 2002, a reconstrução nacional colocou-se como um dos desafios mais urgentes e importantes que o país tinha que enfrentar.

O titular dos Transportes falava na cerimónia de inauguração de infra-estruturas de transportes no Luau, (Estação Ferroviária do Luau), acto orientado pelo Chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos, e testemunhado pelos seus homólogos da Zâmbia, Edgar Lungu e da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, países que com essa região leste de Angola, partilham uma fronteira comum.

“Era preciso reabilitar e modernizar as infra-estruturas destruídas pela guerra. Paz tinha que rimar com faz”, frisou o governante angolano durante a cerimónia testemunhada igualmente por vários membros do Executivo, o governador do Moxico, João Ernesto dos Santos, entidades religiosas e tradicionais e convidados.

Recordou que em 2002, saído de um conflito armado longo e muito destrutivo, Angola não tinha recursos financeiros próprios suficientes para suportar todo o conjunto de obras de que carecia nos mais diversos sectores, desde estradas a aeroportos, barragens, incluindo escolas e unidades de saúde.

“Mas tal como já nos tinha valido soberbamente antes para alcançarmos a paz, voltou a valer-nos a liderança visionária, agregadora e realizadora do Presidente José Eduardo dos Santos”, precisou.

Augusto Tomas adiantou que alcançada a paz, o líder angolano soube arquitectar vários programas de parceria financeira internacional, salientando que o parceiro privilegiado foi a República Popular da China, já que nessa altura outros se negaram a estender-nos a sua mão auxiliadora.

Segundo o ministro angolano através dessa cooperação financeira, foi possível mobilizar largos bilhões de dólares e investi-los no esforço de reconstrução nacional, tendo acrescentado que os angolanos estão profundamente agradecidos ao Mais Alto Mandatário da Nação, por tudo quanto tem feito em prol do desenvolvimento do país.

“Só estamos aqui hoje pelo seu patriotismo, pela sua liderança e  sua direcção estratégica”, disse o ministro.

Com a entrada em funcionamento deste importante serviço, (ligação ferroviária Angola, Zâmbia e RDC), estão criadas condições indispensáveis, a par do ramal ferroviário aberto do Luau para a Zâmbia, para que Angola cimente de forma precisa as ligações com a RDC e a Zâmbia e com a região da SADC no seu todo.

Desta forma, o município do Luau começa a transformar-se numa “majestosa porta de entrada” para a integração regional de África e aproximar a zona da África Austral, como uma área de comércio livre, impulsionando as trocas comerciais, reforçando as relações e sustentando as bases para que Angola seja uma potência continental.

As obras de reabilitação do Caminho de Ferro  de Benguela elaborado pela empresa China Ferrovia CR20, parte do Porto do Lobito ( Benguela), passando pelo Luau, Moxico e interliga com a Zâmbia e  a República Democrática do Congo, numa extensão  de 1289.1291155 quilómetros na linha principal.

Tem como ponto de partida a cidade do Lobito, percorrendo as províncias de Benguela, Huambo, Bie, e Moxico, o final é na fronteira do município do Luau província do Moxico com a RDC.

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