Filda com mais área e número recorde de expositores

Fotografia: JA
A Feira Internacional de Luanda (FILDA) deste ano, que decorre de 22 a 27 de Julho, é a maior de todas realizadas até agora, prevendo-se a participação de representações de 39 países incluindo Angola, anunciou o gestor do certame.
Francisco Coutinho disse à Angop que, para atender a elevada procura, a organização teve de mandar erguer dois pavilhões que dão um adicional de oito mil metros quadrados, elevando o espaço de exposição para 50 mil.
Em termos de expositores, esta edição da feira representa um crescimento de 40 por cento em relação a 2012 e é apresentada como sendo um espaço internacional de convergência social e de negócios, que projecta Angola para o futuro.
A feira realiza-se subordinada ao tema “Desafios da atracção de investimento – Estratégia, legislação, instituições, infra-estruturas e recursos humanos” e persegue a captação de capitais, a promoção do desenvolvimento dos sectores sustentáveis da economia, ao mesmo tempo que pretende contribuir para o estabelecimento de parcerias para a criação de uma indústria transformadora que responda às necessidades de consumo, acrescentou Francisco Coutinho.
Novos e velhos participantes
O Quénia e o Zimbabwe participam na FILDA pela primeira vez na edição deste ano, com este último país a solicitar um espaço de 108 metros quadrados destinado a dez empresas, o mesmo número de expositores do Quénia.
As empresas portuguesas representam este ano dez por cento dos expositores, uma participação que o director de Relações Institucionais da FIL, Salvador Cardoso, considerou “expressiva” e “muito importante”. A FIL é uma empresa angolana que anualmente realiza mais de uma dezena de feiras sectoriais e de negócios.
Salvador Cardoso afirmou que Portugal participa com um pavilhão só de empresas daquele país e que não há participação estrangeira igual. O recinto conta com três mil metros quadrados e nele estão representados vários sectores da economia daquele país europeu, desde a metalúrgica ao papel e aos vinhos, passando pelos equipamentos de protecção, bicicletas, novas tecnologias e produtos agro-pecuários.
“As empresas portuguesas, mais do que as dos outros países, conhecem muito bem o nosso mercado e já firmaram parcerias com vários empresários angolanos”, realçou o responsável, frisando que a FIL aponta o caso português como “exemplo” às restantes delegações estrangeiras. “Se eles participam com esse número de empresas (na FILDA) é porque conseguem atingir os seus objectivos”, declarou.
A feira deste ano volta a ter um dia (24 de Julho) exclusivamente dedicado a Portugal – o mesmo acontece apenas com a China -, estando confirmada a presença em Luanda do ministro da Economia português, António Pires de Lima.
Números da delegação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) em Luanda indicam que aquele país foi o primeiro fornecedor comercial de Angola em 2013, através de nove mil empresas exportadoras, volume que continua a aumentar. As exportações portuguesas de bens e serviços para Angola cresceram cinco por cento no primeiro trimestre, face a igual período de 2013.
Naquele ano, o total exportado daquele para o nosso país foi de 4,5 mil milhões de euros (mais de 596 mil milhões de kwanzas), o equivalente a cerca de 6,5 por cento do volume total de exportações portuguesas.
Além disso, Angola é também o quarto cliente de Portugal em termos de exportações de bens (3,1 mil milhões de euros – 411 mil milhões de kwanzas) e o quinto quando contabilizadas as exportações totais, o que sugere o elevado nível do comércio.