Fase preliminar da Refinaria de Cabinda concluída

MAQUETE DA FUTURA REFINARIA DE CABINDA FOTO: PEDRO JOÃO

MAQUETE DA FUTURA REFINARIA DE CABINDA
FOTO: PEDRO JOÃO

A fase preliminar da construção da Refinaria de Cabinda finalizou em Maio último, com a conclusão da desminagem, limpeza e tratamento de 38 hectares do local onde está a ser implantada a infra-estrutura, cujo término está previsto para 2023.

De acordo com uma nota de imprensa dos promotores do projecto chegada hoje à ANGOP, foram fechados o “layout” e o estudo de engenharia, onde se inclui o “design” de uma unidade de destilação de 30 mil barris/dia de petróleo bruto, um tratamento de merox de querosene para Jet A1, tanques de armazenamento e infra-estruturas de apoio.

Entretanto, a Gemcorp, na qualidade de accionista e parceira da Sonaref no projecto, decidiu adicionar mais 30 milhões de dólares americanos ao investimento inicial (USD 500 milhões) do projecto de construção da Refinaria de Cabinda, valor destinado a um sistema de pipeline e boias de amarração, para permitir a atracação de navios de grande porte junto da refinaria, visando abastecer o mercado interno e externo.

A Gemcorp assinou em Janeiro de 2020 um acordo com a Sonaref, empresa subsidiária da Sonangol, para a construção da refinaria na planície de Malembo, 30 quilómetros a Norte da cidade de Cabinda.

Fontes ligadas ao projecto admitem que o início formal da construção ocorra em Agosto próximo, e, caso assim for, a primeira fase da construção poderá estar pronta até ao final de 2021 e a Refinaria de Cabinda arrancará com uma capacidade de refinação inicial de 30 mil barris/dia.

A segunda fase aumentará a capacidade de refinação para 60 mil barris/dia e permitirá a reformação da nafta obtida no processo de destilação em gasolina.

Na terceira fase passará também a produzir gasóleo/diesel, o que significa que no final de 2023 a Refinaria de Cabinda estará pronta para fornecer ao mercado nacional e regional gasolina, gasóleo/diesel, combustível para aviões e nafta, contribuindo decisivamente para o abastecimento do mercado doméstico e para a dinamização das exportações angolanas.

Reginald Crawford, da Gemcorp Capital LLP, sublinha a importância deste momento e afirma que enquanto responsáveis pelo projecto estão “a trabalhar em estreita articulação com as autoridades angolanas e com empreiteiros nacionais e estrangeiros para que a entrega da obra ocorra nos prazos previstos.

Uma vez em funcionamento, a Refinaria de Cabinda criará valor acrescentado para a economia angolana e, em particular, reduzirá a sua dependência da importação de combustíveis do estrangeiro.

A refinação do petróleo em Angola é um dos aspectos críticos do sector, uma vez que o país importa a totalidade dos combustíveis que consome.

A entrada em pleno funcionamento da Refinaria de Cabinda permitirá desenvolver a área de “downstream”, assim como exportar combustível para os mercados regionais, impondo-se como mais uma fonte de receitas para o Estado Angolano.

Acresce que a sua construção vai também gerar empregos directos e indirectos, maioritariamente para a população local – estima-se que durante a fase de construção sejam criados cerca de 1.600 postos de trabalhos directos e indirectos.

Uma vez operacional, a Refinaria de Cabinda deverá gerar à volta de mil e 500 postos de trabalho directos e indirectos.

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