Exposição do BNA ilustra percurso da moeda no país

Uma exposição denominada “Kitadi Kia Angola” (Dinheiro de Angola, em kimbundo) foi apresentada, ontem, em Luanda, pelo Banco Nacional de Angola (BNA), com o objectivo de mostrar à sociedade angolana as etapas históricas da moeda nacional, desde do período colonial até ao presente momento.

Visitada no Museu da Moeda pelo Vice-Presidente da República, Bornito de Sousa, e pela Primeira Dama da República, Ana Dias Lourenço, a”Kitadi-Kia-Angola” enquadra-se nas actividades alusivas aos 20 anos de Paz e Reconciliação Nacional assinalados a 4 de Abril, quando o BNA colocou em circulação uma nova moeda metálica com valor facial de 200 kwanzas.

Durante a exposição, foi exibida, em formato digital, informação sobre as fases nominativas da moeda nacional, referindo o Kwanza, de 1977 a 1990, o Novo Kwanza (1990-1995) e Kwanza Reajustado (1995-1999), com o regresso à denominação Kwanza ao longo de três séries com vigência nos período de 1999 a 2012, de 2012 a 2020 e de  2020 a 2022.

A exposição visou também mostrar à população a importância dos símbolos ilustrados na moeda, com uma perspectiva artística e estética de elementos arquitectónicos, geográficos, políticos e pedagógico que referenciam a cultura angolana e a unidade nacional.

Segundo o vice-governador do BNA Manuel Tiago Dias, a exposição serviu para abordar a importância do dinheiro em Angola, nas suas vertentes histórica, estética e pedagógica.

Para o gestor, Angola tem uma rica história da moeda que começou com adopção de instrumentos de troca como o zimbo, marfim, sal, cobre e panos, até o surgimento da moeda metálica e do papel moeda do período colonial e das notas e moedas metálicas com a denominação Kwanza que entraram em circulação a partir de 1977.

“Cantinho do Coleccionador”

À margem, foi aberta, para estar patente até ao dia 8 de Junho, a primeira exposição “O Cantinho do Coleccionador”, um espaço dedicado pelo BNA aos coleccionadores nacionais, tendo como anfitrião o nacionalista Roberto de Almeida, que, nos últimos 60 anos, coleccionou 166 notas de moedas de 165 países. Para Roberto de Almeida, o espírito de coleccionar moedas é de família: “colecciono moedas, notas e selos desde muito cedo, por isso resolvi expor ao público. As notas que coleccionei durante estes anos, representam um valor didáctico para dar a conhecer as histórias dos outros países durante os seus períodos de libertação nacional, dos líderes que lutaram para as conquistas das independências nacionais, dos usos e costumes dos povos”, disse.

FacebookTwitterGoogle+