EXPORTAÇÃO DA MADEIRA RENDE MAIS DE USD 100 MILHÕES AO PAÍS

A exportação da madeira permitiu ao país arrecadar mais de 100 milhões e 738 mil dólares norte-americanos, no período entre 2018 a Setembro do corrente ano (2021), informou hoje, no Luena, o director-geral do Instituto de Desenvolvimento Florestal, Simão Zau.
Em declarações à ANGOP, o responsável disse que a referida quantia resultou da exportação de mais de 208 mil e 203 metros cúbicos de madeira, a um preço médio de referência de 500 dólares por metros, sendo que o continente asiático e europeu foram os principais destinos.
Perspectivou que as receitas neste ramo económico poderão aumentar com o início das exportações da espécie eucalipto, a partir de 2022.
Disse que o executivo tenciona substituir, de forma gradual, o actual modelo de atribuição de licenças anuais cedidas a singulares, com a implementação do sistema de concessão florestais.
Conforme o responsável, este modelo vai garantir uma gestão mais sustentável dos recursos florestais, uma vez que as empresas concessionárias vão cumprir com um conjunto de requisitos, permitindo ao Estado maior controlo das zonas exploradas.
Num encontro recente, entre o secretário de Estado das Florestas, André de Jesus Moda, que cumpre uma agenda de trabalho de cinco dias ao província do Moxico, os empresários do sector apresentaram a preocupação do atraso que se regista na emissão das licenças para a exploração da madeira, solicitando ao executivo a acelerar o processo.
Na ocasião, os empresários locais solicitaram, de igual modo, a construção de um entreposto de madeira no Moxico para facilitar a venda do produto sem grandes constrangimentos.
Por sua vez, o secretário de Estado reconheceu o problema do atraso no licenciamento da actividade causada por questões administrativas.
Para redimir o referido caso, disse que o Ministério da Agricultura e Pescas decidiu prolongar o ano florestal, com término previsto para o corrente mês de Outubro, passando para 31 de Janeiro de 2022.
Durante a sua intervenção, reafirmou que a exploração da madeira da espécie mussive, suspensa desde 2018, continuará proibida, alertando que vai responder à justiça quem assim o proceder.