Exército quer espírito patriótico no órgão de Guerra Psicológica

Reunião sobre Segurança Metodológica do Órgão de Guerra Psicológica do Exército FOTO: NELSON MALAMBA

Reunião sobre Segurança Metodológica do Órgão de Guerra Psicológica do Exército
FOTO: NELSON MALAMBA

21 Agosto de 2019 | 16h28 – Actualizado em 21 Agosto de 2019 | 17h28

O segundo comandante do Exército, general Jacques Raul, defendeu, nesta quarta-feira, em Luanda, o espírito patriótico, grau de responsabilidade e de elevado nível de disciplina do órgão de Guerra Psicológica.

Falando na abertura da II reunião metodológica do órgão de Guerra Psicológica do Exército, sublinhou que o órgão é cada vez mais chamado a desempenhar, com zelo, o seu papel de ouvir opiniões, principais anseios e preocupações do público externo, propondo medidas para explorar aspectos positivos e neutralizar efeitos negativos.

O general Jacques Raul entende que o armamento, o terreno e as instituições não combatem, uma acção é apenas desenvolvida pelo homem, que decide e tenta impor a sua vontade ao seu adversário, algo que se verifica a todos os níveis, desde militar, político e económico.

“Combatem-se essas atitudes e percepções estudando e analisando as motivações, necessidades das audiências-alvos, redireccionando as suas atitudes e comportamento para que contribuam para a consecução dos objectivos preconizados”, reforçou.

Para tal, continuou, requer ter um pessoal competente, com boa preparação, por ser uma actividade que deve ser levada com destreza, de modos a poupar vidas, caso contrário, repercutirá negativamente sobre o adversário, irritando-o e robustecendo a sua capacidade de resistência.

Explicou que a guerra psicológica pode ser vista ainda como condução e execução de procedimentos técnicos especializados, operacionalizados de forma sistemática, antes durante e depois o emprego da força, visando motivar públicos-alvo amigos, neutros e hostis.

Disse que, entretanto, o mundo actual se caracteriza por um ambiente infinitamente complexo e caótico, marcado pela porosidade, pela metamorfose permanente, por ameaças e riscos e pela dificuldade de prevê-las, sendo neste sentido que o órgão tem também uma grande responsabilidade no cumprimento das missões atribuídas superiormente ao Exército.

Sobre o encontro metodológico, afirmou que acontece numa altura que o Exército está comprometido com a moralização da sociedade, razão que leva as Forças Armadas a ocuparem a primeira trincheira neste combate pela moralização.

A II reunião metodológica do órgão de Guerra Psicológica decorre de 21 a 22 deste mês, sob o lema “aprimoremos o nível técnico-profissional do órgão de guerra psicológica do Exército”.

A reunião tem como objectivo partilhar ideias e colher contribuições dos chefes oficiais para delinear e uniformizar estratégias, com base numa rotina de trabalho do Órgão, que visam criar pontos de convergência para serem utilizados nas tarefas e missões do órgão a todos níveis, tendo em mente factores de decisão do mando superior para permitir desenvolvê-las em tempo oportuno.

FacebookTwitterGoogle+