EUA apoiam Angola no combate ao tráfico ilegal da vida selvagem

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Mais de 200 juízes, promotores, investigadores e funcionários alfandegários de 10 províncias vão beneficiar de formação, este ano, em matéria de investigação e julgamento de casos de tráfico ilegal da vida selvagem, financiada pelos Estados Unidos de América.

A informação consta de uma nota de imprensa da Embaixada dos EUA em Angola, distribuída, nesta sexta-feira à ANGOP, no quadro do Dia Mundial da Vida Selvagem que hoje se assinala, e que marca o 50º aniversário do Tratado da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e Flora Selvagens (CITES) para proteger espécies ameaçadas da extinção.

O programa é fruto da cooperação do Ministério do Meio Ambiente dos EUA e do financiamento do governo norte-americano de uma doação de USD 624.000 para a ong Traffic.

Em Fevereiro, decorreram acções de formação em Menongue, estando previstas outras em Benguela, Cabinda, Luanda e outras cidades.

O projecto, indica a fonte, fortalecerá a capacidade de Angola de combater a extracção ilegal e o tráfico de madeira, uma actividade que se alinha com os esforços contínuos do país para impedir as exportações ilegais de madeira a granel e outros produtos florestais.

O documento considera que a exportação ilegal de madeira prejudica a subsistência dos angolanos e é uma das principais ameaças à vida selvagem e às florestas do país.

Num projeto separado, financiado pelos EUA e aprovado em 2022, a ONG Stop Illegal Fishing e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) trabalharão com Angola para fortalecer o monitoramento e controlo de embarcações de pesca de estrangeiros em águas nacionais e melhorar a partilha de informações entre as agências de controlo de pescas e da aplicação da lei nas nações da SADC.

A Embaixada dos EUA em Angola também continuará a apoiar os parceiros como The Nature Conservancy, African Parks, National Geographic e outros para facilitar e estabelecer pesquisas científicas para melhor fornecer informações sobre a protecção da vida selvagem e preservação da biodiversidade, para além de promover a prosperidade económica, segurança e meios de subsistência sustentáveis para comunidades locais.

O objectivo é encorajar o apoio de parceiros que possam complementar projectos actuais e futuros para ajudar a avançar o trabalho que está a ser feito pelo governo de Angola e as organizações regionais como a Área de Conservação Transfronteiriça Kavango Zambeze (KAZA) e Comissão Permanente de Água da Bacia do Rio Okavango (OKACOM).

As actividades planejadas para 2023 dão continuidade à parceria entre os Estados Unidos e Angola, que há anos fortalece a protecção da rica diversidade de vida selvagem e vegetal do país.

Isso inclui treinamento e equipamento para guardas-florestais, pesquisas de populações de vida selvagem e recursos florestais e programas para reintroduzir e proteger populações de espécies que foram devastadas por anos de guerra civil.

No 50º aniversário do Tratado CITES, os Estados Unidos continuam empenhados em trabalhar com Angola e outras nações para preservar o património natural do planeta.

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