Estudos sobre Neto retratados em livros

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Uma colectânea de sete livros sobre estudos, poética e vivência de Agostinho Neto foi apresentada, terça-feira, em Luanda, no quadro das comemorações do centenário do primeiro Presidente de Angola.

As obras de carácter académico, social e histórico foram editadas pela Mayamba Editora, numa tiragem de mil exemplares. Nelas, os académicos abordaram os enigmas da poética e nos discursos de Neto.

Dentre os livros da colecção, destaque para “Histórias Curtas da Vida de Agostinho Neto”, “Lições de simplicidade para as gerações de governantes angolanos” e “Ainda o Meu Sonho”, de autoria de Manuel Muanza.

“A liberdade nos Olhos”, de João Papelo, “Lugares em Neto”, de Bernardo Miguel, e “Apologia do Estado e da Nação” de Mário Ferraz.

Fazem parte ainda deste conjunto de livros “António Agostinho Neto: O Caminho das Estrelas”, de António Quino, “Liberdade, Angolanidade e Direitos de Cidadania – em seis poemas de Neto”, de Paulo de Carvalho.

Para o editor da colecção, o director da Mayamba Editora, Arlindo Isabel, trata-se de sete obras endógenas, feitas por autores angolanos, que desenvolveram várias pesquisas sobre as poesias e vivência de Agostinho Neto.

“Obras de autores angolanos sobre Neto existem, mas são muito poucas”, sublinhou.

Segundo Arlindo Isabel, com esta acção se procurou contribuir para as celebrações do centenário, bem como dar a conhecer ao público a interpretação científica sobre a vida e obra de Neto em várias dimensões. Por sua vez, Manuel Muanza disse que a sua obra visa mostrar as ideias e práticas que Agostinho Neto assumia enquanto ser humano e Presidente da República Popular de Angola, vivências que devem servir de lição para quem governa.

Já o autor Paulo de Carvalho referiu que a obra traz para os leitores uma leitura sociológica sobre seis poemas de Neto, uma vez que as que  têm sido feitas são de carácter literário.

Neste quadro, o autor procura explicar em sua obra a versão do ser africano subjugado pelas metrópoles coloniais e a convocação para a luta anticolonial, mas sobretudo uma questão nova sobre o direito de cidadania.

“Agostinho Neto fazia menção, tal como outros poetas da libertação, sobre a inclusão social, onde os filhos dos mais pobres tinham de ir à escola, de modos a saírem do estado em que se encontravam os seus pais”, referiu.

 

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