Estados africanos devem apoiar associações empresariais

Foto: Alberto Julião
Os Estados africanos devem apoiar as associações empresariais para que estas possam desempenhar com eficácia o seu papel no desenvolvimento económico e social dos países , considerou hoje, em Luanda, o empresário Francisco Viana.
Ao debruçar-se sobre o Fortalecimento da Classe Empresarial Africana, Francisco Viana referiu que os estados africanos devem contribuir para o fortalecimento do movimento associativo de modo a que as associações cumpram com as suas actividades.
A título de exemplo, apontou as associações empresariais de Portugal que recebem apoios do Fundo da União Europeia e as do Brasil que recebem uma percentagem dos impostos. “Isto é que faz deles uma organização forte com capacidade financeira para desenvolver o seu trabalho”, referiu.
Por isso, disse, as associações dos países língua portuguesa ( PALOP) gostariam de sensibilizar os estados no sentido de puderem beneficiar de uma metodologia parecida, de acordo com a lei e vontade dos líderes.
“Se nós continuarmos a trabalhar nessa pobreza como o fazemos até hoje , ao contrário de outros que recebem ajuda, não vamos formar ninguém nem capacitar o nosso empresariado”, referiu.
Neste âmbito, reconheceu o esforço que o Governo angolano tem empreendido para o fortalecimento da classe empresarial nacional, com a criação do programa Angola Investe e Bue, que apesar de serem ainda insuficientes, já indica que o país está no caminho certo. Por isso, neste momento, as associações devem estar lado a lado com o governo para trabalhar em conjunto.
“As nossas associações têm de se esforçar mais porque o país está a crescer. O empresariado está a crescer, mais é preciso crescer mais depressa. Se não nos cuidarmos dentro de 10 anos pode ser tarde”, disse , referindo-se a potenciais concorrentes.
“Chegou a hora de funcionar. A história dos países e das sociedades têm o seu tempo de maturação e os nossos lideres já viram que passados 40 anos tem de fazer mais “, concluiu.