Escola de Pescas abre nos Ramiros
O Ministério das Pescas e a empresa espanhola INCATEMA assinaram, em Luanda, o contrato para a construção e apetrechamento da nova Escola Básica de Pescas, nos Ramiros, município de Belas. O preço global do contrato é de 9,8 mil milhões de kwanzas.
A construção da nova escola começa em Janeiro e prolonga-se por três anos, informou a directora do Gabinete de Estudos e Projectos do Ministério das Pescas, Isabel Cristóvão.
A maqueta do projecto apresenta dois edifícios residenciais para alojar 300 alunos, um refeitório, sala para professores, edifício para laboratórios, salas para aulas e de simulação equipadas com dispositivos multimédia, anfiteatro, gabinetes para a administração, balneários e outros compartimentos.
O novo centro vai funcionar em regime de internato para alunos e de residência para os professores. Os alunos têm formação de oficina, prática de pesca, carpintaria, frio, mecânica, electricidade e soldadura. A ministra das Pescas, que participou na assinatura do contrato, afirmou que a resistência da frota pesqueira angolana deve muito aos detentores de pequenos ofícios, embora, na maior partes dos casos, estes não tenham recebido nenhuma formação básica fora daquela que ocorre no local de trabalho. A ministra Vitória de Barros Neto considerou ser esse o mérito da escola, para onde estão também projectados cursos de aperfeiçoamento de marinheiros e técnicos relacionados com a operacionalidade da frota.
“A assinatura do contrato da nova Escola Básica de Pescas no prazo e termos previstos vai colmatar parte das carências que o sector vive”, referiu o ministra Vitória de Barros. José Boys, administrador delegado da INCATEMA, garantiu que a empresa “vai transmitir toda a experiência de Espanha no ramo pesqueiro a Angola”.
Para o administrador, o contrato representa um compromisso com o Executivo no sentido de tornar o centro polivalente num modelo de nível mundial e um compromisso para cumprir os termos e o prazo previsto. A antiga CEFOPESCA, no município de Cacuaco, em Luanda, vai ser desactivada, de acordo com a sua directora, Apolónia Costa. A nova pretende melhorar a formação de recursos humanos do sector das pescas de província de Luanda e foi aprovada pelo Conselho de Ministro no mês passado.