Equipa desenvolve projecto para melhorar preparação do país contra eventos de seca

Dentro de três anos fica concluído o projecto “Apoio a Gestão da Seca em Angola usando Modelagem Integrada do Meio Ambiente, Vulnerabilidade, Tomada de Decisão e Tecnologia (EVDT)”, com vista a melhorar a preparação do país contra eventos de seca, através da utilização de dados de satélite.

Destinado a desenvolver um Sistema de Apoio à Decisão sobre a seca em Angola, o EVDT é a mais nova fase do projecto-piloto de quantificação da problemática da seca no sul do país e está alinhado com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS: 2 – Fome zero e 13 – Acção contra a mudança global do clima).

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social, através do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) e o Massachusetts Institute of Technology (MIT), pelo Space Enable Research Group do MIT Media Lab, lançaram, em de 2019, o projecto-piloto de quantificação da problemática da seca no Sul de Angola.

Dados do Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional indicam que a equipa de pesquisadores, liderada por Danielle Wood, utilizou o modelo de análise Integrada Ambiente, Vulnerabilidade, Decisão, Tecnologia (EVDT) desenvolvido pelo Space Enabled Research Group do MIT para explorar as relações entre as tendências ambientais, socio-económicas, decisões políticas e tecnologias utilizadas no combate a seca no Sul de Angola.

O projecto-piloto demonstrou a viabilidade da implementação de sistema de informação geográfica de exploração de dados de satélite para a gestão hídrica e monitoramento da seca, tendo desenvolvido o protótipo de tal sistema, apelidado de Angola Drought Data Explorer.

Em Maio, a equipa de pesquisa recebeu suporte financeiro de 550 mil dólares da Agência Espacial Norte Americana (NASA), para custear uma nova fase do projecto que tem a duração de três anos e deve  melhorar a preparação do país contra eventos de seca, através da utilização de dados de satélite.

O Sul de Angola vive períodos cíclicos de secas. Em 2019, registou-se a pior seca dos últimos 40 anos, onde o índice pluviométrico esteve a 65 por cento abaixo do normal. Mais de 1.300.000 pessoas foram afectadas nas províncias do Cunene, Huila e Namibe, com perdas financeiras estimadas em 168 mil milhões de Kwanzas para os agricultores e criadores de gado, bem um agravar dos problemas sociais para a população em geral.

 

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