Engenheiros angolanos podem exercer actividade em Cabo Verde

Presidium do IV Congresso da Ordem dos Engenheiros de Angola

Os especialistas angolanos e caboverdianos, dos mais variados domínios da engenharia, já podem exercer a actividade nos dois países, visando facilitar a mobilidade e partilha de experiências.

A medida está expressa num protocolo de cooperação rubricado, na semana finda, pela Ordem dos Engenheiros de Angola (OEA) e a Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde (OECV), tendo como objetivo a formalização do exercício da profissão dos angolanos e caboverdianos que quiserem trabalhar em ambos os países.

Em declarações à ANGOP, o bastonário da Ordem dos Engenheiros de Cabo Verde, Carlos Monteiro, esclareceu que esse acordo reconhece apenas os especialistas filiados à agremiação de cada país.

Por outro lado, o bastonário da OEA, Paulino Neto, considerou oportuno o acordo ora assinado, por permitir resolver parte do problema da mobilidade dos profissionais de engenharia.

Para o bastonário angolano, a mobilidade dos engenheiros, particularmente no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), ainda continua a ser um dos problemas que tem sido debatido ao longo dos anos.

Perante esse cenário, avançou, a OEA continua a trabalhar para que haja uma reciprocidade no exercício da profissão em cada país de língua oficial portuguesa.

“Como ordens profissionais devemos trabalhar no sentido de tornar possível que os engenheiros do espaço da CPLP exerçam a actividade de forma livre”, alertou.

Além do acordo rubricado com Cabo Verde, no âmbito da realização do IV Congresso Internacional dos Engenheiros de Angola, decorrido nos dias 18 e 19 deste mês, em Luanda, a OEA também já assinou protocolos de reciprocidade com o Brasil e Portugal.

Segundo Paulino Neto, a OEA está a preparar-se para rubricar os mesmos acordos com Monçambique e São Tomé e Príncipe, previstos para 2022.

Sob o lema “Engenharia Disruptiva: construindo um futuro sustentável para Angola”, o IV Congresso Internacional da OEA teve como objectivo fortalecer a profissão de engenharia e caracterizá-la como pilar para o desenvolvimento do país.

Participaram no certame mais de 200 especialistas de países como Cabo Verde, Monçambique, Guiné Bissau, Zimbabwe, Portugal e Brasil, além do país anfitrião, Angola.

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