ENANA reabilita este ano vários aeroportos
A Empresa Nacional de Exploração de Aeroportos e Navegação Aérea (ENANA) vai reabilitar, este ano, os aeroportos do Negage, no Uíge, e do Cuito Cuanavale, no Cuando Cubango, a fim de adequá-los às novas exigências.
De acordo com o presidente do conselho de administração, Manuel Ceita, a ENANA vai igualmente prestar atenção à manutenção dos aeroportos de Luanda, Cabinda, Huambo, Lubango, Catumbela, Benguela, Ondjiva, Malanje, Ndalatando e Saurimo.
Em 2014, a ENANA inaugurou os aeroportos das cidades do Namibe, Uíge, Luena e Menongue, além de ter concluído as obras do aeroporto da vida do Luau, província do Moxico. Apesar de todo este investimento em infra-estruturas, a bandeira da empresa, disse Manuel Ceita, é a segurança das infra-estruturas e a dos passageiros, mantida com rigor, profissionalismo e zelo no cumprimento das normas, práticas e procedimentos operacionais, nacionais e internacionais da aviação civil.
Para apoio à navegação aérea, o Aeroporto 4 de Fevereiro, frisou, conta com um sistema de balizagem luminosa, luzes de aproximação, equipamentos de comunicação e sistemas de vigilância e controlo que permitem melhor gestão e coordenação do tráfego.
Todo o investimento em segurança e infra-estruturas faz com que cresça o interesse de diferentes companhias internacionais de referência munciandial que já operam em Angola, como são os casos da da a Fly Emirates, KLM (Holanda), Lufthansa (Alemanha), South African Airlines, Air Namibia, LAM (Moçambique), Ethiopian Airlines, TAP, Air France, British Airways, Ibéria (Espanha), Brussels Airlines (Bélgica), Royal Air Maroc e Kenya Airways. Segundo fonte da ENANA, o o aeroporto internacional de “4 de “Fevereiro”, em Luanda, regista um momento de 170 vôos.
A entrada destas companhias em Angola, disse o presidente do conselho de administração da ENANA, Manuel Ceita, exige um esforço adicional no tratamento das cargas. Apesar de terem diminuído, substancialmente, as reclamações, sublinhou Manuel Ceita, ainda é um sector preocupante e que necessita de investimentos substanciais, pois, no seu entender, a Empresa Nacional de Navegação Aérea debate-se com com a exiguidade de espaços para o efeito e a modernização e, também, as tecnologias tardam a chegar a área para que a empresa atinja a pretendida excelência nos seus serviços. Com os aeroportos apetrechados e bem servidos, é dada agora a oportunidade ao negócio “Non Aviation”, um negócio para além dos serviços aeronáuticos, uma fonte de rendimento que pode ajudar a empresa a arrecadar mais receitas, intensificando acções de comercialização e marketing para a atracção de clientes, tornando os novos aeroportos em pólos urbanos de concentração e conciliação de culturas.
E, apesar de algumas dificuldades que vai enfrentando no percurso de desenvolvimento, a ENANA continua imparável na trajectória da refundação, que, segundo o seu presidente do conselho de administração, só tem fim quando os custos operacionais,sobretudo os relacionados com a modernização e manutenção dos diversos aeroportos,bem assim como a formção e superação técnica e profissional dos seus quadros forem inferiores às receitas.
Por isso, frisou Manuel Ceita, os esforços da empresa estão dirigidos, também, à qualificação, renovação e melhoria das condições dos seus recursos humanos, factos espelhados no Acordo Colectivo de Trabalho celebrado com o Sindicato dos Transportes e Telecomunicações, que oferece um aumento salarial na ordem de 70 por cento. Para acelerar o processo de sustentabilidade da Empresa Nacional de Navegação Aérea, a direcção estabeleceu ainda como uma das metas principais para este ano a aprovação do novo tarifário, a curto prazo, já que o último data do ano de 2000.