Embaixadores apresentam cartas credenciais

Fotografia: Rogério Tuti

Fotografia: Rogério Tuti

O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, recebeu ontem as cartas credenciais apresentadas pelos novos embaixadores do Benim, Bielorússia, Botsuana, Ghana, Senegal e Suíça.

Dos seis diplomatas que apresentaram as cartas credenciais, apenas Bukari Mabengba, do Ghana, e Benedict Johannes Gubler, da Suíça, têm estatuto de residentes em Angola.
Bukari Mabengba, de 58 anos, foi nomeado em Setembro último pelo Presidente do Ghana, JohnDramani Mahama, para chefiar a missão diplomática ghanense em Angola. O diplomata já trabalhou nos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Países Baixos, Líbia, Nigéria, Austrália, Namíbia, Ruanda, Botsuana, Togo e Benim.
O suíço Benedict Johannes Gubler, de 54 anos, vem ao continente africano pela primeira vez. Doutorado em Direito pela Universidade de Zurique, já trabalhou como adido em Moscovo, foi primeiro secretário da embaixada suíça em Brasília, conselheiro em Lima e ministro conselheiro na embaixada em Caracas.
Jornal de Angola ouviu as embaixadoras Gisèle Medegan e Saoudatou Seck, do Benim e Senegal, respectivamente. As diplomatas consideraram a sua acreditação em Angola um “passo importante” no sentido do reforço da cooperação conjunta. “Ao enviar-me para aqui,o Presidente do Benim demonstra que pretende ver reforçadas as relações de cooperação entre os dois países, cujos laços de amizade remontam ao período da luta de libertação”, notou a senhora Medegan, que tem residência em Libreville.
A diplomata beninense, que já trabalhou na missão diplomática do seu país em França e ocupou vários cargos de destaque no Ministério dos Negócios Estrangeiros do Benim, referiu-se à longevidade dos laços de amizade com Angola. “Nós fazíamos parte dos países considerados progressistas e sempre apoiámos Angola. Na arena internacional, quando se tratava de questões sobre Angola o Benim esteve sempre pronto a defender a causa angolana”, recordou o diplomata.
Gisèle Medegan disse que, na cooperação entre o Benim e Angola, existe um leque vasto de áreas de interesse comum, que justificam uma atenção especial, no sentido de se incrementar a cooperação. “São muitas as áreas. Desde logo, quero destacar a educação e o ensino superior, em que podemos promover trocas de experiências, enviando professores e responsáveis de um lado ao outro.
No petróleo somos iniciados e Angola tem uma longa e vasta experiência, da qual pretendemos aprender”. A embaixadora do Benim defendeu que a vontade dos dois Presidentes vai ser determinante para o futuro imediato da cooperação entre Cotonou e Luanda. “Pensamos que, reactivando a cooperação e com o apoio dos dois presidentes, vamos conseguir dar um salto, pois temos muitas áreas de interesse que podemos explorar no futuro”, disse a embaixadora.
A diplomata senegalesa, senhora Saoudatou Seck, que já trabalhou como embaixadora plenipotenciária no Mali, Tunísia e Nigéria, destacou o que os Chefes de Estado de Angola e Senegal fazem para solucionar os problemas do continente africano: “são dois líderes que estão preocupados com os problemas de África. Esta minha acreditação cá pode ajudar a reforçar a cooperação nesse sentido, quer entre os dois países, quer através das regiões em que estão inseridos” – a Comunidade de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC).
Na breve conversa que manteve com o Chefe de Estado angolano, a diplomata senegalesa aproveitou para falar sobre a possibilidade da trocas de visitas ao mais alto nível e felicitar o Presidente José Eduardo dos Santos pela eleição de Angola para Membro Não Permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
As cerimónias decorreram no Salão Nobre do Palácio Presidencial, na presença do ministro das Relações Exteriores, Georges Chikoti, altos responsáveis do Gabinete Presidencial e do Ministério das Relações Exteriores.

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