Embaixador prevê reforço de relações

Fotografia: Paulo Mulaza

Fotografia: Paulo Mulaza

A aposta de Angola na diversificação da economia abre novas perspectivas para o desenvolvimento da cooperação com a Rússia, afirmou o embaixador russo em Angola, Dmitry Lobach.

Falando por ocasião do Dia do Serviço Diplomático da Federação da Rússia, o diplomata disse que os dois países enfrentam dificuldades provocadas pela descida do preço do petróleo no mercado internacional, mas olham para o futuro com optimismo, porque “a aposta de Angola na diversificação da economia abre novas perspectivas para o desenvolvimento da cooperação”.
O diplomata russo falou das relações entre Angola e Rússia, tendo sublinhado que os dois países assinalam, em Novembro, 40 anos do estabelecimento de relações diplomáticas. “Na longa lista dos nossos amigos, Angola ocupa um lugar especial. Quero lembrar que, a 11 de Novembro deste ano, Angola festeja o 40º aniversário da sua Independência, altura em que também vamos celebrar os 40 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre os nossos dois países, resultado do reconhecimento imediato da soberania de Angola pela então URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas)”, referiu Dmitry Lobach.
O embaixador russo disse esperar que a terceira sessão da Comissão Mista Russo-Angolana, cujos trabalhos encerram hoje em Moscovo, constitua um “elemento importante” da continuação das relações entre os dois países.
O embaixador admitiu que os desafios que a diplomacia russa enfrenta hoje são complicados. “A confrontação no mundo agravou-se de novo. Começa-se a falar do regresso à ‘guerra fria’”, disse Lobach, acusando alguns países de não querem ver uma Rússia forte e próspera.Numa alusão aos Estados Unidos, o diplomata russo disse que “depois do desmembramento da URSS alguns países não abandonam as suas tentativas de enfraquecer a Rússia e privá-la dos seus aliados e amigos. Pretendem conservar o modelo unipolar, violar o direito internacional e desdenhar valores comuns da humanidade”. Dmitry Lobach citou como exemplo a tragédia da Jugoslávia, a intervenção militar no Iraque, os acontecimentos sangrentos no Egipto e a guerra fratricida na Síria.

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