Eleições Gerais 2022: Tempo de Antena das forças políticas

As forças políticas concorrentes iniciaram, este domingo, a exploração do Tempo de Antena na Rádio e na Televisão, espaço cedido no quadro das Eleições Gerais de 24 de Agosto, em obediência à Lei, onde apresentam as linhas fortes dos programas de governo, através dos quais, procuram conquistar o voto do eleitorado. Hoje, mostramos, através da exploração jornalística, como as forças concorrentes aproveitaram os “tempos” na Rádio.

O presidente do MPLA, João Lourenço, pediu, domingo, aos angolanos para estarem focados na consolidação da Paz e Reconciliação Nacional, bem como a manter o empenho no aprofundamento do desenvolvimento económico e social do país. Sublinhou que as divergências e contradições entre os actores políticos e sociais devem ser dirimidas por via do diálogo aberto e transparente.

“Na minha forma de liderar o país, temos sempre presente o grande ensinamento de Agostinho Neto, segundo o qual “o mais importante é resolver os problemas do povo”. E é isso que temos feito através de investimentos nos sectores da Saúde, Educação, Energia e Águas, Habitação, estradas e outros, com foco em resolver os problemas básicos das populações.

País “mais próspero”

João Lourenço realçou que está a ser construído um país mais igual, justo e, também, mais próspero, acrescentando: “Angola que Agostinho Neto sonhou e pela qual os angolanos lutaram é hoje uma obra em andamento”. De acordo com o MPLA, o país constrói-se com igualdade e justiça, combatendo a corrupção, tendo apelado, por isso, os militantes, amigos e simpatizantes que “o voto certo nas eleições de 24 de Agosto próximo é no número 8″.

O MPLA iniciou o tempo de antena com uma homenagem à figura do presidente emérito do partido, José Eduardo dos Santos, falecido a 8 do corrente mês, em Barcelona, no Reino de Espanha, por doença, aos 79 anos de idade.  A homenagem destaca que o presidente Emérito é um filho que nunca virou as costas ao país, mesmo quando os desafios o ultrapassavam e sobre os ombros suportou tempos sombrios, tendo percorrido, com coragem, os difíceis caminhos da vida até alcançar o bem mais precioso para “vivermos em harmonia: a Paz! Adeus presidente Emérito, arquitecto da paz, José Eduardo dos Santos”.

UNITA

A UNITA referiu que Angola é uma terra rica e com possibilidades de sucesso para todos, com recursos suficientes para alimentar não só os cidadãos nacionais, mas também uma parte do continente africano. O presidente da UNITA, Adalberto da Costa Júnior, aproveitou para afirmar que a Nação dispõe de terras férteis para o cultivo, água em abundância, para tornar o país auto-suficiente e deixar de depender do petróleo, ouro e diamantes.

“Nós, os angolanos, somos trabalhadores resilientes e capazes de realizar os nossos sonhos. A hora é agora para sermos os actores da nossa mudança”, alertou o líder da UNITA, para quem esta é a sua missão de vida. Indicou o fomento da habitação, combate à pobreza, educação e cultura, bem como a inserção social e o desenvolvimento económico sustentável como linhas de força da reforma de Estado constante do programa de governo inclusivo e participativo.

Partilhou as suas origens, desde onde nasceu, a experiência, hábitos, costumes, educação religiosa e valores que carrega, entre outros momentos mais marcantes da sua trajectória de vida. “O apoio que recebo dos mais próximos, dá-me forças para lutar. É uma grande responsabilidade quando vou à rua e vejo a mamã que me identifica e diz que ora por mim todos os dias”, contou.

 CASA-CE

O líder da CASA-CE, Manuel Fernandes, informou, ontem, que se for eleito Presidente da República, a governação da coligação vai centrar-se em conferir a auto-realização dos cidadãos através de oportunidades de emprego “para que este possa dar dignidade à família”.

Por essa razão, justificou, a escolha do lema de governação recaiu para “casa, salário e trabalho justo”. A coligação ocupou, também, o espaço com músicas de apelo ao voto e com depoimentos de cidadãos que apontaram dificuldades no acesso ao primeiro emprego e nas instituições de ensino.

PRS

O presidente do Partido de Renovação Social (PRS), Benedito Daniel, avançou, ontem, que caso de vitória nas Eleições Gerais de 24 de Agosto, vai formar um governo participativo, em que as populações possam identificar as suas necessidades.

“Tudo que seja necessidade da população deverá ser concertada com a população”, afirmou o candidato do PRS à Presidente da República, nos primeiros 10 minutos de exploração do tempo de antena na Rádio Nacional de Angola.

O PRS transmitiu, igualmente, um encontro com jornalistas denominado “conversas sem filtro”, onde acredita que o partido sairá vitorioso nas eleições e formará um governo que se propõe resolver grande parte dos graves problemas que o povo enfrenta.

Na ocasião, foi apresentado o perfil do líder do partido, Benedito Daniel. O político nasceu a 28 de Dezembro de 1961, em Saurimo, província da Lunda-Sul, é casado e tem duas licenciaturas, uma em Química e outra em Ciências da Educação.

Em 1990, ingressou no PRS, onde já exerceu vários cargos de direcção, entre os quais, secretário de Relações Internacionais, secretário para os Assuntos Políticos e secretário-geral.

P- NJANGO

O Partido Nacionalista para a Justiça em Angola  (P-NJANGO) abriu, ontem, o espaço de antena com o hino do partido, cuja letra apela ao voto nas eleições de 24 de Agosto.

“Dinho” Chingunji prometeu que, em caso de vitória no pleito eleitoral, as políticas do governo estarão voltadas na erradicação da fome e da pobreza, destacando, igualmente, o respeito pelos direitos humanos.

“Essas prioridades são alcançáveis em dois anos”, assegurou o político, sublinhando que o partido está preparado, no mínimo, para se tornar na terceira maior força política do país e no máximo o partido no poder.

FNLA

A FNLA apresentou a agricultura, saúde, educação e segurança pública como os quatro eixos do programa de governação. O presidente do partido, Nimi a Simbi, referiu que a FNLA tem a agricultura como a chave mestra  no seu programa de governo. “Será este sector primário da economia a resolver o problema da fome e da falta de emprego”, disse.

Para alcançar esta meta, disse, a mais alta percentagem do Orçamento Geral do Estado (OGE) será alocada na Agricultura. Nimi a Simbi afirmou que o partido levará a cabo acções que promovam a vitalidade física, moral e espiritual dos angolanos.

Propôs a reestruturação da rede sanitária de base com a construção de hospitais, onde não existe e a reabilitação dos já erguidos, realçando, igualmente, a melhoria da assistência materno-infantil.

Garantiu que FNLA vai reforçar o saneamento básico, rever o sistema de junta médica para o exterior do país, fortalecer o combate às principais doenças endémicas.

APN

O presidente da APN, Quintino Moreira, referiu que é altura da mudança de paradigma. Na sua intervenção, o político defendeu que a riqueza deve ser distribuída de forma mais equilibrada e, cada angolano, é um potencial investidor, tendo, por isso, convidado os eleitores a reflectir em quem poderão eleger para governar o país, para os próximos cinco anos.

“Tenho a plena certeza que a Aliança Patriótica Nacional traz a resposta para todos os angolanos, a fim de trilhar o caminho da esperança”, disse, tendo realçado com a APN os próximos cinco anos serão de prosperidade, crescimento, desenvolvimento e melhorias na Saúde, Educação e na Economia.

PHA

O Partido Humanista de Angola (PHA) não apresentou nada no Tempo de Antena.  Durante 10 minutos, o espaço foi ocupado apenas com um instrumental musical.

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