Dívida angolana é aceitável

Fotografia: Mota Ambrósio
O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera aceitável o volume da dívida de Angola, apesar de a pública bruta ter aumentado cerca de cinco pontos percentuais em 2013 para 35 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) no fim daquele ano, refere o relatório da instituição publicado neste final de semana.
O fundo sugere a adopção de um quadro orçamental melhorado a médio prazo, concentrando-se no saldo orçamental estrutural para limitar o impacto da indústria petrolífera sobre a economia não petrolífera.
No relatório, o FMI exorta as autoridades angolanas a continuarem a melhorar o clima dos negócios de forma a estimular o desenvolvimento económico, a diversificação e a competitividade. Na transição a médio prazo para um regime de identificação da inflação, Angola deve reforçar a capacidade do Banco Nacional para recolher e analisar dados económicos de alta frequência e continuar a “desdolarizar” a economia.
O Fundo exorta igualmente o país a reforçar mais o sistema financeiro e a continuar a melhorar a transparência e a rendição de contas dos bancos, bem como a melhorar a supervisão bancária e a gerir as garantias públicas de forma transparente com vista a minimizar os custos orçamentais como o prevê a lei recentemente aprovada sobre as garantias públicas.
“Embora as autoridades tenham tomado medidas para recolher estatísticas da dívida do sector privado não existem sempre dados disponíveis sobre a dívida do sector privado para Angola”, observa o relatório.