Diplomata defende acção mais abrangente

Fotografia: Domingos Cadência
O secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Eduardo Beny defendeu, ontem, em Luanda, uma maior aproximação da acção diplomática no seu contexto mais estratégico e geral.
Eduardo Beny, que falava na abertura do Seminário sobre Diplomacia na Era de Governação Global, reconheceu que, actualmente, a diplomacia tem desafios activos, abrangentes e participativos na solução dos conflitos.
“As relações internacionais tornaram-se verdadeiramente globais e os problemas devem ser concertados numa base de concertação mundial, como o caso da proliferação nuclear, ambiente, explosão demográfica e da interdependência económica.” Para Eduardo Beny, a diplomacia angolana precisa de mais investimentos para melhor definir estratégias de desenvolvimento do país e posicionar-se na sua acção a nível internacional.
Ao defender a necessidade da formação de quadros a nível do Ministério, Eduardo Beny reconheceu que o seminário que termina hoje é uma oportunidade para os diplomatas terem conhecimentos sobre a sua acção e interacção de diferentes áreas, contribuindo assim para a actuação prática de problemas da diplomacia global.
O seminário tem como objectivo desenvolver as capacidades dos diplomatas nos mais variados domínios e aprofundar o conhecimento dos participantes em questões de relações internacionais, políticas e diplomáticas. Pretende também reforçar as competências para contribuir profissionalmente e de forma eficaz para as tarefas do país.
Markus Kornpropbst, professor de diplomacia internacional, foi o orador principal da conferência. Disse que, actualmente, a diplomacia tem contornos diferentes, comparativamente à abordagem anterior, tendo defendido que se divulguem informações sobre a nova era da diplomacia.
“Anteriormente, a diplomacia era feita por pequenos países com grandes poderes, actualmente existem outros actores que intervêm na decisão em termos de diplomacia e organizações internacionais”, disse.
Angola, sublinhou, é um país a nível de África com uma diplomacia muito forte.
“Angola está em vantagem por se ter desenvolvido rapidamente neste domínio”, sublinhou. No encontro, que termina hoje, os participantes debatem temas como “a multiplicidade”, “enquadramento” e “tarefas da diplomacia”.
O seminário é destinado a funcionários do Ministério das Relações Exteriores, instituições de formação para o serviço público, universidades e diplomatas, e faz parte de uma série de seminários organizados pela Academia Diplomática de Viena e pelo Ministério das Relações Exteriores.