Dia da Grande Vitória recordado em Luanda

Fotografia: Kindala Manuel
O embaixador da Rússia em Angola, Dmitry Lobach, disse, em Luanda, que existem pessoas com pretensão de depreciar a todo o custo a importância da “Grande Vitória” do Exército russo na segunda Guerra Mundial.
O diplomata, que falava na cerimónia que marcou os 69 anos da vitória russa sobre as forças alemãs comandadas por Adolf Hitler, acto realizado no Museu Nacional de História Militar, interrogou-se sobre o “porquê de as pessoas terem uma memória tão curta a ponto de desprezarem as lições da História e permitirem o renascimento do fascismo, uma doença e peste ideológica do século passado”.
A vitória custou a vida de dezenas de milhões de compatriotas nossos e também de heróicos filhos e filhas de outros povos, recordou Dmitry Lobach.
Abnegação e heroísmo
Ao intervir no acto, o adido militar da Rússia em Angola, coronel Nikolay Rybchuk, realçou a abnegação e o heroísmo como as fontes essenciais para a obtenção da vitória sem precedentes do povo e dos militares russos.
Além da defesa da pátria russa, Nikolay Rybchuk lembrou que a derrota nazi permitiu a libertação da Europa e da Ásia do fascismo, determinou o crescimento dos movimentos de libertação nacional em África e contribuiu para o desmoronamento do sistema colonial.
“Graças a esses processos, Angola também se tornou livre e transformou-se numa potência forte e próspera. As nossas vitórias estão interligadas e foram alcançadas devido ao sacrifício, coragem e vontade dos russos e angolanos de vencer as forças alheias para viverem em paz”, sublinhou.
O dia da “Grande Vitória” que se assinala a 8 de Maio, foi comemorado em Moscovo, capital russa, com um desfile militar na Praça Vermelha. Em Luanda, a cerimónia foi promovida pelo adido militar russo e testemunhada por membros do Executivo angolano, políticos, deputados, oficiais superiores das Forças Armadas Angolanas e diplomatas estrangeiros.
A guerra durou de 1939 a 1945 e registou as mais ferozes batalhas militares na História da humanidade e envolveu 80 por cento da população do mundo.