D. Alexandre recebeu o Prémio Jornal de Angola

Fotografia: Domingos Cadência

Fotografia: Domingos Cadência

O Prémio Jornal de Angola, 2013, instituído pela empresa Edições Novembro com o objectivo de reconhecer os feitos de figuras que se destacaram na sociedade, foi ontem entregue ao seu vencedor, Cardeal D. Alexandre do Nascimento, proeminente figura da Igreja Católica e da sociedade angolana, “um verdadeiro Pai da Pátria”.

O acto teve lugar na sua residência oficial, no Bairro Azul, em Luanda. O administrador da Edições Novembro, Eduardo Minvu, em representação do presidente do Conselho de Administração, José Ribeiro, entregou a D. Alexandre do Nascimento o diploma e uma escultura do artista plástico António Ole em bronze e banhada a ouro.
Eduardo Minvu disse que “D. Alexandre do Nascimento fez mais pela Paz em Angola, em África e no mundo, do que todos os Prémios Nobel juntos. Os Angolanos tiveram em D. Alexandre do Nascimento um pai extremoso quando, fustigados por agressões desumanas, com as suas vidas metidas em mil perigos, o Cardeal lançou um grito de dor, uma súplica dolorosa: Acudam-nos que perecemos”.
Eduardo Minvu estava acompanhado da administradora para a área de recursos humanos, Catarina Cunha. No seu discurso afirmou que as súplicas de D. Alexandre do Nascimento “despertaram o mundo e a comunidade internacional reagiu”. Eduardo Minvu disse ainda que D. Alexandre do Nascimento “conquistou para sempre o carinho, o respeito e o amor de todos os angolanos, sendo um pai que está acima das opções religiosas e políticas de cada filho”.
Uma figura de dimensão internacional como D. Alexandre do Nascimento, disse, merece este e outros prémios. “Mas merece, acima de tudo, o reconhecimento e a gratidão dos seus compatriotas. Este prémio, nas mãos de Sua Eminência Reverendíssima, é a jóia mais preciosa do mundo”, disse Eduardo Minvu que realçou: “este dia é muito especial para todos os trabalhadores da Empresa Edições Novembro e particularmente do Jornal de Angola”.

Devemos amor à Pátria

Visivelmente comovido, D. Alexandre do Nascimento agradeceu a iniciativa do Jornal de Angola: “não esperava esta recompensa, mas cai bem no meu coração e que Nosso Senhor continue a abençoar a nossa terra. Devemos sempre amar a nossa Pátria”. E aproveitou para pedir “um olhar com atenção para as crianças, os jovens e todas as mães de Angola”. Sinceramente, não esperava este prémio. Tudo o que fiz ou pensam que fiz, fi-lo por um imperativo de consciência. Na minha família, fomos sempre de sentimentos elevados em relação ao nosso Povo”, disse.

Respirar o nacionalismo

D. Alexandre do Nascimento afirmou que a sua família “vem de lugares cimeiros de Angola, onde a Rainha Njinga Mbandi teve a corte, em Pungo Andongo. Sempre respiramos os ares do nacionalismo”. No seminário, contou, tive uma educação profundamente cristã e isso significava também o amor à Pátria que é o Quarto Mandamento, que sempre cultivei, pelo que nunca pensei que fosse recompensado por isso.”
D. Alexandre do Nascimento acrescentou: “não fiz mais do que o meu dever, mas é sempre agradável vermos que os nossos compatriotas adivinharam aquilo que tínhamos escondido no coração. Que Deus continue a abençoar Angola, que todos os angolanos procurem ser cada vez mais amigos e se  ajudem”.
E deixou uma última mensagem: “Angola merece ser amada por ser a mãe de todos os angolanos. Quero dizer aos mais novos que receberam da Divina Providência algo que nem todos os povos têm. É conveniente cada um de nós dar o melhor de si mesmo. Primeiro, porque a nobreza exige, segundo porque esta terra exige”.
A primeira edição do Prémio Jornal de Angola foi atribuída ao Presidente José Eduardo dos Santos em reconhecimento pela contribuição para o desenvolvimento da imprensa em Angola, a consolidação da Independência Nacional, a defesa da integridade nacional, a promoção e defesa dos direitos humanos, a projecção de Angola na comunidade internacional e os esforços para a paz e a estabilidade em África e no Mundo”.
O prémio é financiado com fundos próprios da Empresa Edições Novembro, proprietária dos títulos Jornal de Angola, “Jornal dos Desportos”, “Jornal de Economia & Finanças” e “Jornal Cultura”.

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