Governadores pedem adiamento do reinício das aulas no ensino primário

Ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira Fonte: Cedida

Ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira
Fonte: Cedida

Os governadores provinciais concluíram hoje, em vídeo-conferência, que as aulas do ensino primário não devem reiniciar em todo país a 27 de Julho, por não estarem ainda reunidas todas as condições para o regresso das crianças à escola. 

A reunião, coordenada pela ministra de Estado para a Área Social, Carolina Cerqueira, visou auscultar os 18 governadores sobre as condições para o reinício das aulas em todo país, de acordo com decreto sobre a situação de calamidade, que prevê o reinício das aulas nas universidades e nas escolas secundárias, a partir de 13 de Julho próximo.

Em decreto presidencial sobre a Situação de Calamidade Pública, o Executivo angolano orientou a reabertura das instituições de ensino primário, I ciclo do ensino secundário, públicas e privadas, oficialmente, a 27 de Julho, enquanto nas Universidades e nas escolas secundárias a 13 do mesmo mês.

A ministra de Estado disse que vai levar essa sugestão dos governadores à Comissão Multissectorial para a Covid-19 para análise e remeter ao Titular do Poder Executivo, João Lourenço, para a avaliação e eventual aprovação.

A ministra disse haver unanimidade em relação ao não reinício das aulas no ensino primário, por abarcar crianças que podem ter dificuldades em observar as medidas de biossegurança para evitar o contágio da covid-19.

Outro factor que inibe o reinício das aulas neste subsistema, está a falta de água, infra-estruturas precárias e falta de vigilantes nas escolas.

Para os níveis subsequentes (ensino secundário e universitário), acrescentou, se vai respeitar o calendário determinado, com excepção a província de Luanda, por ser o epicentro da doença, maior número de escolas e alunos.

Segundo o cronograma reajustado do Ministério da Educação, o primeiro trimestre vai de 13 de Julho a 28 de Agosto e o segundo de 31 de Agosto a 31 de Dezembro.

A partir desse período, o ano lectivo que teria duração de 180 dias, será encurtado a 126 dias, devido à pandemia da Covid-19.

O Governo determina também a adequação do sistema de avaliação, na sequência da pandemia de Covid-19.

As escolas terão que reduzir o número de alunos por turma. O Ministério da Educação prevê que as salas deverão ser divididas em dois, com duas horas e meia de aulas por grupo.

No ensino primário e I ciclo do ensino secundário as turmas com 60 alunos serão repartidas em dois turnos de acordo com a decisão do Governo.

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