Correios abrem serviço bancário

Fotografia: Santos Pedro

Fotografia: Santos Pedro

O primeiro serviço de correspondente bancário no país foi lançado ontem, em Luanda, em cerimónia testemunhada pelo Vice-Presidente da República, Manuel Vicente,  na sede da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola.

O novo serviço, inaugurado em simultâneo nas Estações de Correio da Vila Alice (Luanda), e na vila de Ukuma, província do Huambo, é uma parceria com o Banco Angolano de Investimentos (BAI), para criar mais receitas financeiras aos Correios de Angola, como prestador de serviços.
A partir de agora, todos os serviços das agências do banco BAI passam a ser prestados nas Estações Postais de Correios que tenham serviço de Correspondente Bancário.  A presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Correios de Angola, Maria Andrade, disse que o novo serviço vai permitir aos cidadãos a abertura de contas, levantamentos e transferências de valores financeiros, depósitos e empréstimos bancários nas Estações dos Correios de Angola.
No prazo de um ano  são instalados serviços bancários em 32 estações postais para atenderem os cidadãos residentes  nas localidades mais recônditas. “Este projecto é fruto de uma visão ousada, no esforço de levar aos nossos concidadãos as facilidades da inclusão financeira”, afirmou Maria Andrade, salientando que os Correios de Angola pretendem expandir os serviços a todo o território nacional.
O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, considerou o correspondente bancário como um agente facilitador da oferta de serviços financeiros. Defendeu, por isso, a colocação alargada de serviços e produtos  da banca aos cidadãos, independentemente do seu nível de rendimentos.
Com o serviço de correspondente bancário começa uma “nova e importante” fase do desenvolvimento do sistema financeiro angolano, disse José de Lima Massano, acrescentando que com as soluções agora disponíveis, a rede bancária pode instalar-se de forma eficiente em pequenos estabelecimentos comerciais, supermercados, estações de venda de combustíveis, e em todos os locais onde exista alguma actividade comercial. O governador do BNA disse que a banca conta com seis milhões de contas à ordem de particulares em moeda nacional, e uma rede de 1.450 balcões, concentrada nos grandes centros urbanos, sobretudo Luanda, com 52 por cento do total nacional.
José de lima Massano elogiou o programa do registo de adultos, coordenado pelo Ministério da Justiça e dos Direitos Humanos, salientando que a falta de Bilhete de Identidade é ainda apresentado como uma das limitações à bancarização. Assistiram à cerimónia os ministros da Economia, Abrãao Gourgel, das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Carvalho da Rocha, quadros da Empresa Nacional de Correios e Telégrafos de Angola e de instituições financeiras.

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