Construção da barragem de Baynes inicia em 2021

NAMIBE:MINISTRO DA ENÉRGIA, JOÃO BAPTISTA BORGES NA VISITA À CENTRAL DO XITOTO, MOÇÂMEDES/NAMIBE FOTO: ANABELA DO CÉU FRITZ

NAMIBE:MINISTRO DA ENÉRGIA, JOÃO BAPTISTA BORGES NA VISITA À CENTRAL DO XITOTO, MOÇÂMEDES/NAMIBE
FOTO: ANABELA DO CÉU FRITZ

03 Março de 2020 | 19h47 – Actualizado em 03 Março de 2020 | 20h58

O ministro da Enérgia e Águas, João Baptista Borges, anunciou hoje, na cidade de Moçamedes, que a construção da barragem hidroeléctrica Binancional de Baynes inicia em 2021, no rio Cunene, fronteira entre Angola e a Namibia, estando já concluido os acordos bilaterais.

Ao falar à imprensa no final da sua visita à provincia do Namibe em menos de 24 horas, que visou constatar o  fornecimento de enérgia eléctrica na região, o ministro salientou que o acordo já na sua fase conclusiva e vai permitir que se faça o lançamento da contratação da empresa que erguer a barragem, cujas obras arrancam em 2021, com um orçamento estimado em 1,2 mil milhões de dólares.

A construção levará cerca de quatro anos, estando a sua conclusão prevista para 2025. “Se mantivermos o cronograma do acordo estabelecido, podemos cumprir com os prazos, pois existe um grande interesse binacional neste projecto”, disse.

O governante considerou  importante a  construção da barragem de Baynes, por permitir alavancar o  desenvolvimento económico de Angola e da Namibe.

O aproveitamento hidroeléctrico de Baynes será constituído por uma barragem de enrocamento com face de betão, com 200 metros de altura, mil e 25 de comprimento, 40 quilómetros de albufeira e uma área inundada 58,15 km quadrados.

A central de geração terá uma potência de 600 MW, sendo 300 MW para Angola e 300 MW para a Namíbia, de acordo com o aprovado pelos dois governos em Novembro de 2014, no quadro de um estudo de viabilidade concluído em 2013.

Sobre a implantação dos painéis solares na localidade do Caraculo, municipio da Bibala,  o ministro, afirmou ser um projecto de iniciativa privada  que vai ser implementado pelo consórcio ENDE-Sonangol.

“ Neste projecto nós celebramos já o acordo de concessão que dá  o direito da Sonangol e a ENDE poderem desenvolverem algumas acções. Vamos nos próximos tempos celebrar o contrato de compra de enérgia, fixando a compra deste produto a partir desta central , mas queremos referir que a grande importância que esta central solar do Caraculo vai ter de cerca de 40 megawots, sendo que numa fase inicial  vai desempenhar no fornecimento de enérgia quer para a Huila como para o Namibe” , sublinhou.

Em relação à energia eólica, reafirmou que também possui algum potencial a nivel do municipio do Tômbwa, sendo que o foco central do Ministério se cinge apenas na enérgia solar, porque a nivel mundial é bastante competitiva.

FacebookTwitterGoogle+