Consórcio americano quer investir na produção do café

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Consórcio americano “Ellada Investiments pty Ltd” pretende investir na província do Uíge, a curto prazo, na produção de café em grande escala, incluindo a construção de infra-estruturas de apoio a cultura do bago vermelho (café), anunciou hoje a directora da referida empresa, Emily Panteleakis.
“Quando falamos de infra-estruturas estamos a nos referir de estruturas ligadas à produção de café, como casas para a acomodação do pessoal que será envolvido no projecto, áreas fabris, de fornecimento de energia eléctrica, água e outros.
Falando à imprensa, no termo de um encontro com o governador provincial do Uíge, Paulo Pombolo, Emily Panteleakis disse estarem dispostos para colocar na província os recursos necessários o mais breve possível logo que o projecto esteja aprovado.
“Queremos fazer uma unidade de produção de café em grande escala aqui no Uíge, com a possibilidade de tornar o Uíge um grande produtor de café do mundo”, reforçou, manifestando também a intenção da sua participação na construção de infra-estruturas de apoio a produção de café. Sublinhou que Angola, pelas suas potencialidades agrícolas, tem a capacidade de ter a maior indústria do café a nível mundial.
Indagado sobre os custos do projecto, frisou ser irrelevante, qualquer que for o seu custo, o consórcio está disposto em colocar na região os recursos necessários para sua implementação.
Anunciou estarem dispostos a fazer todo o tipo de infra-estruturas desde que seja do interesse do governo provincial, acrescentando estarem igualmente disponíveis na construção de infra-estruturas de apoio ao turismo.
Entretanto, o governador provincial do Uige, Paulo Pombolo, que manifestou a receptibilidade do governo local para a implementação do projecto na província, adiantou que o consórcio vai ajudar a região na reactivação da cultura do café para que os seus índices venham aproximar-se aos produzidos nos tempos idos.
“No programa de desenvolvimento da província recomenda-se que Uíge deve trabalhar no sentido de reactivar a produção do café”, enfatizou, realçando que a industrialização da produção do café na região seria uma outra mais-valia.
O governante recomendou ainda a necessidade do projecto constituir parceria com empresários angolanos, apontando igualmente como possível área da sua implementação o Pólo Industrial do Negage, onde mil e 500 hectares estão reservados para a industrialização da província.