Comboios do CFB em operação de desinfecção

Desinfestação dos comboios do CFB
FOTO: CEDIDA
Uma operação de desinfecção dos quatro comboios de passageiros que circulam diariamente entre Benguela e Lobito foi realizada hoje, quinta-feira, para garantir a segurança dos utentes.
Segundo o porta-voz do Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB), António Hungulo, que falava à ANGOP, as acções diárias de desinfecção duram aproximadamente duas horas e ocorrem no final de cada viagem entre as duas cidades, no intuito de mitigar o risco de contaminação do novo coronavírus dentro das carruagens, cabines e estações.
Para as operações em causa estão engajados quatro funcionários formados para o efeito e que utilizam pulverizadores com desinfectantes, como a lixívia, sal e água, recomendados pelas autoridades sanitárias, no âmbito das medidas para conter a propagação da pandemia da covid-19.
António Hungulo explicou que antes de iniciar a operação de desinfecção dentro do comboio, outros seis trabalhadores fazem limpezas do material circulante e das seis estações, no caso as de Benguela, Graça, Damba Maria, Negrão, Catumbela e do Lobito.
No interior das carruagens, os desinfectantes são aplicados nas superfícies susceptíveis de contaminação, como bancos, pegas, janelas, maçanetas de portas, entre outros, enquanto nas estações estão a pulverizar o pavimento, corrimões, torniquetes e cabines de venda de bilhetes.
Salientou, por outro lado, que os maquinistas e toda a tripulação passam também por um rigoroso processo de desinfecção, antes de entrarem nas cabines e carruagens, para prevenir possíveis focos de contágios entre os funcionários da empresa.
Passageiros sem máscaras “barrados”
Desde o restabelecimento da circulação de comboios entre Benguela e Lobito, na última quarta-feira, 10, depois de dois meses, o CFB só está a transportar passageiros com máscaras.
Assim que chegam às estações, são submetidos ao controlo da temperatura corporal, para detectar sintomas de febre, sem descurar a higienização e desinfecção das mãos com álcool gel.
As barreiras sanitárias nos acessos às estações foram criadas por causa do novo coronavírus e visam cumprir as medidas adoptadas pelas autoridades sanitárias e, concomitantemente, pelo Ministério dos Transportes, para evitar que os comboios de passageiros sejam um possível foco de disseminação da covid-19.
Por outro lado, a capacidade de lotação das carruagens está reduzida a metade. Se antes do estado de emergência, que vigorou de 27 de Março a 25 de Maio, estas transportavam 62 passageiros, no máximo, hoje, porém, só podem andar com 31 utentes sentados distante uns dos outros.