Combate ao terrorismo está na agenda mundial

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

O ministro da Defesa Nacional garantiu ontem o apoio de Angola a todas as iniciativas que visam a paz na região e no continente e assegurou que o país vai continuar a defender iniciativas da comunidade internacional para estabilidade em África, bem como a promoção permanente do diálogo e cooperação entre as nações.

João Lourenço, que falou na cerimónia de cumprimentos de ano novo dirigida aos adidos de Defesa acreditados em Angola, afirmou que as acções terroristas que se assistem hoje em todos os continentes e a situação de insegurança na região dos Grandes Lagos devem fazer parte de forma permanente da agenda dos Governos por constituírem uma séria ameaça à paz e à segurança internacionais.
“A vossa presença no nosso país, no âmbito do exercício da diplomacia militar, contribui para o reforço da amizade e da cooperação entre as nossas forças armadas”, disse o ministro, que reiterou “a inequívoca vontade de Angola em cooperar com todos os países do mundo, estabelecendo parcerias equilibradas com vantagens para todas as partes”.
João Lourenço manifestou solidariedade com as inquietações de todos os países amantes da paz, numa altura em que evolui a insegurança e instabilidade em várias regiões do mundo e com tendência de se alastrar cada vez mais. “Estas situações são provocadas por factores negativos que devem continuar a merecer a nossa especial atenção e actuação com vista a construirmos um mundo cada vez melhor e mais seguro para todos”, sublinhou. Em relação à situação político-militar na Região dos Grandes Lagos, o ministro disse que o país constatou com agrado a evolução da situação de paz e de estabilidade na República Centro Africana (RCA). “Com as eleições realizadas, acreditamos que este país acaba de dar um passo importante no caminho da normalização do seu processo de desenvolvimento e de bem-estar das suas populações”, realçou.
João Lourenço disse acreditar que algo de positivo se vai conseguir este ano, se houver vontade política das partes intervenientes para se pôr fim ao sofrimento dos povos, ao saque e à pilhagem do património público nos países onde, apesar dos esforços da comunidade internacional, os progressos alcançados para a desejada paz são ainda insuficientes, caso da República Democrática do Congo, Burundi e Sudão do Sul.
“Acreditamos que através do diálogo construtivo e da tomada de medidas conjuntas, é possível ter em conta as legítimas preocupações e interesses das partes envolvidas e encontrar soluções justas e duradouras para estes países”, frisou.

Modernização continua 

O ministro da Defesa Nacional garantiu que apesar de 2016 se mostrar um ano de menos recursos, as FAA vão prosseguir o processo de modernização para que se possa garantir com eficácia a defesa da Pátria, da Independência e Soberania Nacionais e da integridade territorial de Angola.
João Lourenço lembrou que a reedificação e modernização das Forças Armadas Angolanas (FAA) passam pela reestruturação, reequipamento e formação de quadros, para melhorar a qualidade técnica, operacional, logística e infra-estrutural.
“Em colaboração com outras instituições, as Forças Armadas Angolanas têm participado no programa de reconstrução nacional e nas brigadas de desminagem, campanhas de vacinação e alfabetização, além do apoio às populações em caso de calamidades naturais ou de sinistralidade”, notou. No âmbito do reforço e aprofundamento das relações de amizade e cooperação, João Lourenço considerou de positivo o ano de 2015, referindo que o momento que reuniu adidos de vários países serviu para trocar impressões e perspectivar 2016 no que diz respeito à defesa e segurança, paz e segurança internacional. “Vivemos num mundo globalizado, onde os interesses acabam por ser comuns”, frisou.
Em relação aos compromissos internacionais, no quadro da União Africana, da SADC, da CEEAC, da CPLP, entre outras organizações regionais do continente africano, as FAA vão manter a prontidão e participar com sentido de responsabilidade nas diversas missões ou exercícios a desempenhar, disse.

Adidos e a diversificação

O coronel Júlio Lopez, em nome da Associação dos Adidos de Defesa acreditados em Angola, falou dos avanços e ganhos alcançados pelo país e o seu prestígio no exterior e congratulou-se pela realização, em Angola, dos exercícios militares multinacionais, que visam certificar o compromisso e a disponibilidade do país nas operações de ajuda humanitária e missões de paz.
“Como muitos países do mundo, Angola atravessa um período difícil com a queda do preço das matérias-primas, em particular o barril de petróleo. Estamos seguros de que o povo angolano e suas Forças Armadas vão sair vitoriosos. Reafirmamos que podem contar com a nossa Associação no apoio à diversificação da economia e a enfrentar os desafios impostos pela difícil situação da economia do país”, disse Júlio Lopes, adido de Defesa de Cuba em Angola.

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