Combate ao terrorismo é contínuo

Fotografia: Eduardo Pedro
A resolução de conflitos, o combate ao terrorismo e ao crime organizado no continente devem continuar a merecer a atenção prioritária de Angola, África do Sul e República Democrática do Congo (RDC), defendeu, em Benguela, o director para África e Médio Oriente do Ministério das Relações Exterior.
O embaixador Joaquim do Espírito Santo fez estas declarações durante abertura da primeira reunião de altos funcionários do Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação entre Angola, África do Sul e RDC, que se realiza até amanhã na cidade de Benguela. “Esta primeira reunião é consagrada à análise e discussão dos vários projectos recomendados na reunião ministerial do Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação, realizada a 23 de Outubro do ano passado em Kinshasa.”
O diplomata defendeu que o combate ao terrorismo, ao crime organizado, ao tráfico de drogas, à pirataria marítima, aos crimes ambientais, à pilhagem de recursos, bem como à pobreza extrema, devem constar da agenda permanente das realizações dos países-membros, no quadro das normas de funcionamento da União Africana e das Nações Unidas para a manutenção da paz e da estabilidade e do desenvolvimento económico e social.
“Angola tem contribuído activamente para os esforços de manutenção de paz, assumindo as suas responsabilidades no plano internacional, em especial no que diz respeito a África, no quadro regional e nos agrupamentos económicos e políticos em que está inserida, nomeadamente a SADC, CEEAC, CPLP, Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e a Comissão do Golfo da Guiné”, afirmou.
O Acordo-Quadro de Paz, Segurança e Cooperação para a RDC e a região dos Grandes Lagos, assinado em Fevereiro de 2013, em Addis Abeba, continua a ser a melhor garantia para a estabilidade na região, para a salvaguarda da paz, segurança, soberania e integridade territorial da RDC, referiu.
No âmbito deste Acordo-Quadro, disse, foram desenvolvidos esforços internacionais ao nível das Nações Unidas, da União Africana, da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos e da SADC que possibilitaram os acordos de paz alcançados entre o Governo da RDC e os rebeldes do M23, em Dezembro de 2013, em Nairobi.
Este foi o corolário de um processo, o que demonstra que é sempre necessário uma solução política para a solução definitiva dos conflitos.
Assinado a 23 de Agosto de 2013, em Luanda, o Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação entre Angola, África da Sul e RDC, tem como objectivo fortalecer e aprofundar a parceria estratégica e duradoura dos três países e apoiar a consolidação da paz e a estabilidade da RDC.
Joaquim do Espírito Santo defendeu que o Mecanismo Tripartido de Diálogo e Cooperação, cujo secretariado permanente vai ter sede em Luanda, deve ser operacionalizado o mais rapidamente possível, de modo a permitir uma melhor concertação e articulação das acções dos três países no domínio político, diplomático, económico, social e cultural, com benefícios recíprocos para os seus povos.