Comandos da SADC preparam exercícios

Fotografia: Eduardo Pedro

Fotografia: Eduardo Pedro

 

Efectivos das forças especiais da SADC que vão participar no exercício conjunto denominado “Vale do Keve”, a decorrer de 1 de Agosto a 13 de Setembro na província do Cuanza Sul, realizaram ontem, na comuna do Cabo Ledo, município da Quiçama, Luanda, a sua reunião final preparatória destinada a capacitar os respectivos comandos.

Na reunião preparatória participam representantes de seis países membros da SADC, dos dez previstos para o exercício e foram abordados os aspectos tácticos de projecção e execução do exercício através de um mapa do território que integra os municípios da Cela, Quibala e Ebo, onde vai decorrer o treino militar.

Cada país deve participar com 50 elementos no máximo, sendo Angola a maior representação. África do Sul é representada nestes exercícios por 17 militares, Namíbia com dez, Zimbabwe nove, Zâmbia seis e RDC cinco. Tanzânia, Botsuana, Moçambique, Suazilândia e Malawi devem enviar nos próximos dias os seus efectivos para estes exercícios conjuntos, enquanto as Ilhas Maurícias, Ilhas Seicheles, Madagáscar e Lesoto não vão participar por não possuírem forças especiais nas suas Forças Armadas.

O coordenador do exercício, tenente-general João da Cruz Fonseca, garantiu que as condições estão criadas para a preparação final e que na fase final os comandantes vão acertar os aspectos técnicos e logísticos da participação das delegações no exercício.  O general Cruz Fonseca referiu que os militares durante o exercício vão participar em acções humanitárias nas localidades onde vai decorrer o acerto de tácticas combativas.

“As forças especiais vão doar bens de primeira necessidade a 16 aldeias e vão abrir dois furos de água na localidade da sua área de concentração, próximo da vila do Waku Cungu, para benefício das populações durante e depois do exercício\”, acrescentou. Os militares vão prestar também assistência médica às populações, com realce para as pequenas cirurgias nas aldeias. “As grandes cirurgias vão ser feitas no hospital do Waku Cungu, onde os militares vão apoiar os médicos com técnicos, equipamentos e medicamentos.\”

Uma inovação neste exercício é a entrada em Angola dos participantes por terra, à excepção da RDC e Moçambique. \”As delegações da África do Sul, Botswana e Namíbia entram pela fronteira de Santa Clara, enquanto os zambianos, tanzanianos, do Malawi e do Zimbabwe pelo leste do país\”, adiantou, notando que cada país vai trazer um médico. O coronel Willem Morkel, das forças especiais da Namíbia, é a primeira vez que está no país.

O coronel namibiano veio a Angola de carro, passando pela estrada que liga as províncias do Cunene, Huíla, Benguela, Cuanza Sul e Luanda e mostrou-se surpreendido com o que viu: “Estradas boas, traçadas em lindas paisagens naturais”.

O tenente-coronel Salimu Chanda disse que saiu da Zâmbia de carro para Luanda e que isso evita os elevados custos com a viagem de avião até ao local das manobras.

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