Cimeira recomenda neutralização dos chefes de forças rebeldes na região dos Grandes Lagos
Foto: Francisco Miudo
A mini-cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), realizada nesta terça-feira, na capital angolana, recomendou o reforço da cooperação regional e internacional na identificação e neutralização dos chefes da forças rebeldes activas na região.
A medida consta do comunicado final da cimeira convocada pelo Presidente de Angola e em exercício da CIRGL, José Eduardo dos Santos.
Os estadistas decidiram proceder, em colaboração com as Nações Unidas, ao rápido repatriamento dos ex-militares do M23, do Uganda e do Rwanda, que constituem um encargo para os dois países.
Decidiram ainda adoptar uma abordagem global na luta contra as forças negativas, tendo em conta o papel da exploração e da comercialização ilegal dos recursos naturais ou o financiamento das suas actividades, bem como a aplicação de sanções políticas e económicas.
A cimeira saudou a promulgação da lei da amnistia pelo Governo da República Democrática do Congo (RDC), apelando para a implementação das declarações de Nairobi, a fim de facilitar o tratamento da questão dos ex-elementos do M23.
Os chefes de estado e do governo felicitaram o governo da RDC pelos resultados alcançados e encorajando-o a continuar com as acções que visam neutralizar a FDLR.
Ainda sobre a FDLR, depois de ouvidas as exposições dos Presidentes do Rwanda, Paul Kagame, e do Congo, Denis Sassou Nguesso, os estadistas recomendaram a coordenação de esforços no sentido de continuar o processo de repatriamento, desarmamento e o regresso voluntário e empreender acções contra aqueles que persistem em não desarmar, de acordo com as recomendações dos Chefes do Estado-maior.
O comunicado final indica que os Chefes de Estado e de Governo analisaram também com profunda preocupação a situação global de segurança prevalecente na região dos Grandes Lagos e na África Austral e recomendaram medidas pertinentes.
Participaram igualmente na cimeira os Presidentes do Uganda, Yoweri Museveni, da RDC, Joseph Kabila, e da África do Sul, Jacob Zuma.
