Cidade de Luanda respeita a história
A modernização de Luanda deve respeitar os aspectos históricos da cidade, ao mesmo tempo que proporcione um ordenamento atractivo e organizado para o planeamento urbanístico do meio, afirmou o ministro do Urbanismo e Habitação.
José António da Conceição e Silva, que falava ontem em Luanda no ciclo internacional de Urbanismo, anunciou que o programa executivo de urbanização das cidades garante um crescimento ordenado, visando melhorar a qualidade de vida da população.
O ministro reconheceu a mobilidade urbana como um factor que provoca a perda da qualidade de vida dos citadinos, pelo que defende novas acções para reduzir o impacto desse fenómeno. “O crescimento da população é um fenómeno mundial mas temos de prever para gerir a urbanização dos espaços. É importante haver ampliação das cidades, mas deve acontecer de forma sustentada”, sublinhou.
Para José António da Conceição e Silva, o êxodo rural emperra o crescimento de novas urbanizações e as acções públicas devem estar direccionadas para a construção de forma coordenada, propiciando um cenário mais sustentável.
O director nacional do Ordenamento do Território e Urbanismo, Manuel Zaqui, defende um planeamento organizado que permita estruturar a cidade de forma peculiar, seguindo os aspectos únicos de cada centro urbano.
Valdemar Marques, administrador da empresa Teixeira Duarte, acredita que as acções do Executivo, voltadas para a construção de novas centralidades, melhora a imagem da cidade e promove um novo contexto de urbanização mais sustentável. “Temos acompanhado o crescimento urbanístico da cidade de Luanda desde 1969. As nossas acções vão estar sempre direccionadas para o apoio ao Governo angolano na melhoria das infra-estruturas”, referiu.
O administrador da Teixeira Duarte afirmou que a transversalidade do tema “Desenvolvendo as cidades do amanhã” permite reforçar as competências das instituições, empresas e profissionais nas área de Ordenamento do Território, Urbanismo e Ambiente. O ciclo internacional sobre o urbanismo encerra sexta-feira com debates entre especialistas de Angola, Portugal, Brasil e Moçambique e visou trocar ideias sobre o crescimento demográfico das cidades.
O ciclo visou ainda discutir a evolução económica, social, ambiental e tecnológica que origina a migração das pessoas aos grandes centros urbanos.