China é excelente parceiro de Angola
O embaixador da República Popular da China, Cui Aimin, disse ontem em Luanda que Angola é o segundo maior mercado de empreitada e terceiro maior parceiro comercial da China em África, com um valor de contrato acumulado dos projectos cifrado em 56,7 mil milhões de dólares.
Cui Aimin, que falava na cerimónia que assinalou os dez anos da Câmara de Comércio Angola-China, acrescentou que 90 por cento das empreitadas são cumpridas por empresas membros da Câmara, o que contribui para a reconstrução pós-guerra e desenvolvimento económico e social de Angola.
“Durante estes dez anos a China tornou-se o maior parceiro comercial de Angola e desde o estabelecimento da parceria estratégica entre o Governo da China e o Executivo angolano, em 2010, os dois países têm uma relação importante na área comercial”, disse Cui Aimin.
O embaixador chinês lembrou que em 2015 o Presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, alcançou vários consensos no sentido da cooperação comercial bilateral com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante a visita de Estado à China. Destacou o estabelecimento da Comissão Orientadora da Cooperação Comercial bilateral, sendo o segundo mecanismo de cooperação de alto nível da China em África após a Comissão com a África do Sul.
O diplomata informou que a cooperação comercial bilateral no futuro vai estar concentrada em ajudar Angola a desenvolver a agricultura, indústria e a construção das infra-estruturas ferroviárias e rodoviárias, hospitais, escolas, transporte e transformação de electricidade e de centrais hidroeléctricas.
O vice-governador de Luanda José Cerqueira disse que espera que a actuação das empresas chinesas em Angola possa reflectir-se no aumento de postos de trabalho para os angolanos e melhorar a condição social das comunidades onde estão estabelecidos.
“Esperamos que as empresas chinesas em Angola possam tornar-se um centro de formação na transmissão de conhecimentos para os nossos jovens, de forma que possam contribuir para a reconstrução nacional”, destacou o vice-governador.
José Cerqueira apontou o fortalecimento do comércio como uma plataforma de aumentar os investimentos das empresas chinesas em Angola de maneira que o impacto social passe a reflectir-se de modo positivo na vida dos angolanos.
O presidente da Câmara de Comércio Angola-China, Liu Guigen, afirmou que as 65 empresas da Câmara actuam em todas as áreas de desenvolvimento de Angola desde a construção de aeroportos, estradas, agricultura e outras áreas.
“Nós transportamos os nossos melhores produtos para o povo angolano e além disso participamos activamente no desenvolvimento económico e social do povo irmão”, destacou o presidente da Câmara de Comércio Angola-China.
Liu Guigen sublinhou que Angola tem recursos naturais abundantes propícios para o desenvolvimento do sector agrário, mas o país carece de capital e de tecnologia.