Centro de piscicultura intensiva vai produzir 500 toneladas de peixe/ano
O segundo centro de piscicultura intensiva do país, cuja primeira pedra para sua construção foi lançada nesta quinta-feira, na comuna do Missombo, a 18 quilómetros a sul de Menongue, vai produzir anualmente 500 toneladas peixe da espécie tilápia.
O projecto, cuja primeira pedra foi lançada pela ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, será desenvolvido pela empresa “Aquafish” e conta com financiamento externo avaliado em 14 milhões, 720 mil e 805 dólares norte-americanos.
Destina-se a fornecer peixe fresco à população local, trazendo benefícios directos e indirectos à economia da província e do país, inserindo-se na estratégia do Executivo angolano de investimento na diversificação da economia.
Segundo o director nacional da piscicultura e larvitura, António da Silva, trata-se de um projecto para construção de um complexo de viveiros de piscicultura intensiva para produção de tilápia (Cacusso) e produção de rações para peixe, cuja implementação terá início em Março do ano em curso e termina em Setembro de 2019.
O projecto conclui a construção de 38 tanques metálicos, com 20 metros de diâmetros cada, 18 tanques em terra com 300 metros quadrados cada, um laboratório, uma unidade de rações e uma unidade de processamento de peixe, que poderá ser comercializado ou limpo em filetes.
Contempla o abastecimento de água tratada, que será feito através de um canal com 12 quilómetros de extensão a partir da barragem do Rio Cuebe, com o retorno de água ao rio a ser feito por gravidade e com passagem por bio-filtros vegetais, garantindo assim um nível de poluição negligenciável.
Avançou que está ainda prevista a construção de três residências para 30 pessoas, uma cantina com capacidade para 50 pessoas e um centro de manutenção, sendo que o complexo será apetrechado com equipamentos topo de gama e com toda a maquinaria e veículos necessários à normal operação do projecto.
Além da dimensão nacional de contribuição para a diversificação da economia e combate ao desequilíbrio da balança comercial, através da redução das importações, o projecto fornecerá peixe fresco com alta qualidade de proteína.
O centro, que foi inserido no Programa de Investimentos Públicos de 2014, tendo-se registado atraso em função da crise económica e financeira que assola o país, vai contribuir na geração de empregos locais, com a criação directa de 65 postos de trabalho.
Vai aumentar a produção aquícola de forma sustentável, contribuir no combate à fome e à pobreza, na diversificação da economia, no surgimento de novas iniciativas de engorda da tilápia, alargamento da base tributária, diminuição de importações e promoção de exportações.
A produção de tilápia em 2015, no país, foi de 872 toneladas, em 2016 de 655 toneladas e em 2017 de mil e 337 toneladas.
O primeiro centro de piscicultura está situado na região de Massangano, província do Cuanza Norte.